Governo identifica no México um mercado complementar a produtos sujeitos a tarifas

Uma delegação do governo federal, coordenada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, embarca para o México nesta semana para consolidar parcerias, considerando que ambos os países enfrentam impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos. A comitiva traz consigo a análise de que o país pode se tornar um destino alternativo para produtos sujeitos a impostos.

Uma pesquisa da ApexBrasil, que analisou os 108 setores brasileiros sobretaxados, apontou para 72 países como alternativas aos Estados Unidos. A análise cruzada revelou que o México se destaca entre os dez destinos com os maiores volumes de importações nos segmentos impactados pela tarifização.

A Apex identifica pelo menos quatro mercados alternativos importantes no México: móveis, equipamentos médico-odontológicos, mármore e outras pedras de construção e máquinas agrícolas. (dados abaixo, referentes a 2024).

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Móveis

dispositivos médicos-odontológicos

Mármore e demais pedras de construção.

Máquinas agrícolas

As tarifas divulgadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, são vistas por ambos os países como um estímulo à aproximação bilateral. O Brasil enfrenta a possibilidade de uma taxa de 50%, enquanto o republicano promete instituir tarifas de 30% ao vizinho.

O governador do estado de São Paulo, Alckmin, realizará uma reunião com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum e participará do Fórum Empresarial Brasil – México. O evento contará com a presença de autoridades brasileiras e mexicanas e a participação de aproximadamente 250 empresários de ambos os países.

Relação Brasil-México

Em 2024, o Brasil e o México tiveram um comércio mútuo de US$ 13,6 bilhões, posicionando o México como o segundo principal destino das exportações brasileiras na América Latina e o sétimo maior no mundo. Foram exportados US$ 7,8 bilhões e importados, US$ 5,7 bilhões.

Principais produtos exportados (2024):

Produtos importados principais (2024):

Em 2023, o investimento estrangeiro direto do México no Brasil atingiu US$ 15,5 bilhões, posicionando-se em 17ª posição entre todos os países. Seis empresas mexicanas figuram entre as mil maiores do Brasil, incluindo a Claro Telecom (América Móvil) e a Coca-Cola Femsa do Brasil, além de uma nova empresa na lista: a Alpek, do setor petroquímico.

Fonte por: CNN Brasil