O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, pediu acesso à “imprensa livre e independente” para observar a situação no território pale…
O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Nöel Barrot, solicitou a Israel que autorize o acesso da “imprensa livre e independente” a Gaza, que enfrenta o risco do cenário de fome após 21 meses de guerra. “Peço que se permita à imprensa livre e independente acessar Gaza para mostrar o que está acontecendo lá”, declarou o ministro em uma entrevista à France Inter durante uma visita a Kiev.
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As declarações ocorreram após a direção da AFP alertar que a vida de seus colaboradores palestinos no território cercado está em perigo devido à grave situação humanitária. Observamos, em muitos casos, uma deterioração dramática de suas condições de vida. Sua situação atual é insustentável, apesar de uma coragem, um compromisso profissional e uma resiliência exemplares, declarou a direção da AFP em comunicado na segunda-feira.
“Suas vidas estão em perigo, por isso solicitamos às autoridades israelenses que permitam sua retirada imediata junto com suas famílias”, acrescenta a nota. O ministro francês explicou que seu governo está trabalhando na questão. “Esperamos poder retirar alguns colaboradores jornalistas nas próximas semanas”, disse. “Dedicamos muito esforço e energia”, acrescentou.
A Sociedade de Jornalistas, um grupo de representação da redação da AFP, também declarou na segunda-feira que teme “ver a morte” de seus colegas em Gaza. “Perdemos jornalistas em conflitos, tivemos feridos e prisioneiros entre nossas fileiras, mas nenhum de nós lembra de ter visto um colaborador morrer de fome”, declarou o grupo.
A AFP retirou oito pessoas de sua equipe e suas famílias de Gaza entre janeiro e abril de 2024.
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A ONU e organizações humanitárias alertam repetidamente sobre o risco de fome generalizada em Gaza, território devastado pela guerra iniciada em 7 de outubro de 2023 com o ataque do Hamas contra Israel.
O Exército israelense anunciou na segunda-feira a expansão de suas operações no território palestino, um gesto que Barrot condenou “com a maior firmeza”. “Não há mais justificativa para as operações militares do Exército israelense em Gaza. É uma ofensiva que agravará uma situação já catastrófica”, disse.
Com informações da AFP.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.