Governo do Acre Declara Situação de Emergência em Cidades Atingidas por Inundações
Na última segunda-feira (29), o governo do Acre decretou situação de emergência de nível 2 em cinco municípios devido às inundações causadas pelo aumento significativo das chuvas e pela elevação dos níveis dos rios Acre, Purus e Tarauacá.
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O Decreto nº 11.812 já está em vigor e abrange as cidades de Feijó, Plácido de Castro, Rio Branco, Santa Rosa do Purus e Tarauacá. A governadora em exercício, Mailza Assis, assinou a medida, que terá validade de 180 dias.
O decreto considera os altos índices de precipitação registrados em dezembro de 2025, especialmente em Rio Branco, onde o acumulado atingiu 483 milímetros, um aumento de 97% em relação à média esperada de 265 milímetros. Nos últimos quatro dias, a capital acreana registrou 246 milímetros de chuva, superando o volume esperado para todo o mês.
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Em Brasileia, a precipitação chegou a 436,80 milímetros, representando um aumento de 82% em relação à média histórica.
Impactos e Medidas de Resposta
O decreto também destaca os impactos em Plácido de Castro, onde o transbordamento dos igarapés Visionário e Santa Elena isolou ramais importantes. Além disso, medições realizadas na manhã de segunda-feira mostraram que os rios nos municípios afetados atingiram ou ultrapassaram as cotas de alerta e transbordamento.
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Em Feijó, o nível do rio chegou a 12,09 metros; em Rio Branco, 14,94 metros; em Santa Rosa do Purus, 9,42 metros; e em Tarauacá, 10,05 metros.
A situação de inundação tem gerado custos elevados para a população vulnerável e para os municípios nas bacias hidrográficas afetadas. O decreto também considera previsões de chuvas acima da média e alertas do Serviço Geológico do Brasil (SGB) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sobre novas precipitações nas principais bacias do Acre.
Coordenação e Ações de Socorro
Conforme o Boletim de Monitoramento Hidrológico da Bacia do Rio Acre, divulgado pelo SGB no domingo (28), há previsão de elevação do nível do rio nos próximos dias. Com o decreto, a Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (CEPDC) será responsável por articular ações com autoridades em diferentes níveis, mobilizar recursos e coordenar atividades de socorro às comunidades isoladas.
Os órgãos do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sinpdec) no estado também poderão oferecer apoio suplementar às regiões afetadas. A CEPDC foi designada como unidade gestora orçamentária, com autorização para ordenar despesas destinadas às ações de apoio aos municípios em situação de emergência.
O decreto estabelece prioridade no atendimento às demandas da Defesa Civil, incluindo despesas para instalação de abrigos, fornecimento de insumos e realização de campanhas informativas. Além disso, em situações de risco iminente, autoridades poderão entrar em residências para prestar socorro ou determinar evacuação, assim como utilizar propriedades particulares em casos de perigo público, com indenização posterior em caso de danos.
