A situação fiscal do Brasil se aproxima de um ponto crítico, conforme avalia Marcus Pestana, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI). Em sua análise durante o WW desta terça-feira (24), o arcabouço fiscal vigente apresenta sinais evidentes de esgotamento, com potenciais consequências sérias para o futuro próximo.
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O diretor ressalta que existe uma crescente percepção no governo e no Congresso acerca da seriedade da questão fiscal. “A própria controvérsia em torno do IOF e as medidas alternativas discutidas evidenciam uma tomada de consciência sobre a gravidade da situação fiscal”, declara.
Pestana destaca como ameaça premente o “estrangulamento absoluto da máquina do governo” já em 2027. Ele também aponta a expansão explosiva da dívida pública e a compressão do investimento público como indicadores da crise iminente.
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A discrepância alarmante apontada por Pestana é o contraste entre o investimento público e o faturamento das apostas eletrônicas: “O faturamento das bets são R$ 300 bilhões por ano e o governo federal investe 60. Isso indica uma coisa surpreendente. O Brasil joga, nas apostas eletrônicas, cinco PACs, que seriam a semente do futuro em ciência, tecnologia e infraestrutura”.
A Pestana argumenta que, apesar das discussões recentes sobre alterações na tributação de diversos setores serem um avanço, elas estão mais voltadas para a “sobrevivência em 25 e 26” do que para um ajuste estrutural mais abrangente.
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O diretor da IFI destaca que o reconhecimento do problema é o primeiro passo para sua solução. Contudo, ele adverte que as medidas necessárias para conter o aumento da dívida e restabelecer a capacidade de investimento do país são muito mais drásticas do que as que estão sendo consideradas.
Fonte por: CNN Brasil