Governo considera “selo de qualidade” em acordo a ser firmado hoje com europeus
O acordo Mercosul-Efta, a ser formalizado no Rio de Janeiro, estabelece uma zona de livre comércio envolvendo cerca de 300 milhões de pessoas e um Produ…

O governo federal receberá, no Rio de Janeiro, na terça-feira (16), a assinatura do acordo de livre comércio entre Mercosul e Efta, ao mesmo tempo em que já estima os ganhos com a parceria. Além do incremento nas trocas, especialistas da Esplanada dos Ministérios esperam que o acordo confira ao Brasil um “selo de qualidade”.
O Efta, originário da Noruega, Suíça, Islândia e Liechtenstein, é visto como um bloco econômico rigoroso, em relação à qualidade dos produtos e aos critérios fitossanitários e ambientais. Desta forma, a abertura desse mercado representa uma validação para os produtos brasileiros.
Essa conquista de reputação é particularmente relevante para o agronegócio brasileiro, que frequentemente precisou se defender em relação a exigências relacionadas aos seus produtos.
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O Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), Luis Rua, ressaltou em entrevista à CNN que o acordo proporciona, além do “selo de qualidade”, vantagens para mercados de alto valor agregado, que impulsionam o emprego e a inovação.
A carne bovina e de aves, juntamente com café, suco de laranja e etanol, representam segmentos com grande potencial para impulsionar as vendas para os mercados europeus. A carne bovina possui uma cota de três mil toneladas com alíquota zero, conforme destaca o secretário.
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Mercosul-EFTA
O acordo Mercosul-Efta estabelece uma zona de livre comércio envolvendo quase 300 milhões de pessoas e um PIB somado superior a US$ 4,3 trilhões. A proposta do acordo visa que ambos os blocos se beneficiem com o acesso ampliado a mercados para mais de 97% de suas exportações.
Para produtos nacionais, o acesso livre ao comércio com a Efta atingirá cerca de 99% do volume exportado, incluindo os setores agrícola e industrial. A União Europeia removerá 100% das tarifas de importação nos setores industrial e pesqueiro.
Em 2024, o Brasil registrou exportações de US$ 3,1 bilhões e importações de US$ 4,1 bilhões em produtos da EFTA.
A previsão aponta para um efeito positivo de 2,69 bilhões de reais sobre o Produto Interno Bruto brasileiro e um incremento de 660 milhões de reais nos investimentos até o ano de 2044.
Estima-se um impacto de R$ 2,57 bilhões nas importações totais e de R$ 3,34 bilhões nas exportações totais, gerando um saldo estimado de R$ 770 milhões para o Brasil.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.