Governo chinês amplia investigação sobre carne bovina e concede benefícios a produtores
O Ministério do Comércio da China se comprometeu a assegurar um ambiente de comércio internacional “saudável e estável”.
A China estendeu por três meses um período de investigação sobre as importações de carne bovina, informou o Ministério do Comércio chinês nesta quarta-feira (6), concedendo aos fornecedores globais um alívio diante da possibilidade de restrições comerciais, ao mesmo tempo em que a indústria doméstica busca diminuir o excesso de oferta.
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A investigação, iniciada em dezembro do ano passado, surgiu em um momento em que a queda na demanda pressiona o maior mercado do mundo para importações e consumo, porém não tem como foco um país específico.
No entanto, ações comerciais destinadas a diminuir as importações afetariam os fornecedores de destaque, incluindo Argentina, Austrália, Brasil e Estados Unidos.
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A investigação agora se estenderá até 26 de novembro, informou o ministério, devido ao grande volume de trabalho investigativo e à complexidade do caso.
O órgão também se comprometeu a assegurar um ambiente de comércio global “saudável e estável” por meio da comunicação com todas as partes.
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“Sem dúvida, é um alívio para os exportadores de carne bovina”, afirmou Even Rogers Pay, analista agrícola da Trivium China.
A extensão concede a Pequim alguns meses para avaliar se o mercado interno pode restabelecer a rentabilidade sem a aplicação de medidas protetivas e, com boa sorte, avançar em outros pontos com os principais exportadores de carne bovina.
Apesar de medidas comerciais, como restrições de cotas, ainda não estarem completamente em consideração, é mais provável que algo seja resolvido de forma discreta em vez de ser imposto, acrescentou ela.
O governo intensificou o suporte ao setor, com inclusão de ações financeiras. Em julho, um representante do Ministério da Agricultura afirmou que a criação de gado de corte apresentava resultados vantajosos por três meses seguidos.
A China registrou um volume de importação de carne bovina de 2,87 milhões de toneladas em 2024, porém as importações de 1,3 milhão de toneladas no primeiro semestre de 2025 diminuíram 9,5% em comparação com o ano anterior.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.
