Governo Castro e Presidente da Assembleia são acusados de abuso eleitoral

Ministra do TSE vota pela cassação de Cláudio Castro e presidente da Assembleia. Caso aponta abuso de poder e desvio de R$ 519 milhões em 2022.

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(Imagem de reprodução da internet).

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relatora no caso, votou pela cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro (PL) e do presidente da Assembleia Legislativa do Estado (União Brasil). A sessão plenária que analisou o caso ocorreu na noite de 3 de novembro de 2025.

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Acusações de Abuso de Poder Político e Econômico

Os embargos de declaração tramitam sob a acusação de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. As investigações se concentram em suspeitas de um esquema de contratações irregulares envolvendo 27 mil servidores temporários, conduzidos pela Fundação Ceperj e pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

A investigação aponta que esses servidores foram utilizados como cabos eleitorais durante a campanha para a eleição do governador.

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Rejeição de Preliminares e Argumentos da Defesa

Antes de seu voto, a relatora rejeitou preliminares apresentadas pelos recorridos, referentes à intempestividade e cerceamento de defesa. Ela também contestou o argumento da defesa do presidente da Assembleia, que defendia a inclusão do então reitor da UERJ, Ricardo Lodi, como polo passivo no processo, alegando um possível vínculo com o esquema.

“Não existe vínculo jurídico e material entre o reitor e os demais investigados”, declarou a ministra.

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Detalhes do Caso e Argumentos do Ministério Público

O caso teve origem em reportagens que revelaram contratações de milhares de pessoas sem transparência. O Ministério Público do Rio identificou saques de R$ 248 milhões feitos em agências bancárias por contratados, que teriam sido orientados a repassar parte do dinheiro a operadores políticos.

O Ministério Público Eleitoral estimou que o total pago aos servidores temporários no primeiro semestre de 2022 atingiu R$ 519 milhões. O vice-procurador-geral eleitoral classificou o caso como “significativo” e “muito grave”, devido ao desvio em relação ao limite de gastos para o governo do Estado nas eleições de 2022, que era de R$ 17 milhões.

A sessão plenária ocorreu um dia após a deflagração de uma megaoperação nos Complexos da Penha e do Alemão.

Consequências Potenciais

Se condenado, o governador Cláudio Castro pode perder o mandato e ficar inelegível por 8 anos.

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.

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