O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta segunda-feira (21) que o Brasil não se retirará da mesa de negociação com os Estados Unidos em resposta à ameaça de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros. Em entrevista à Rádio CBN, Haddad confirmou que o governo já estuda um plano de contingência para todos os cenários possíveis, mas reforçou que a via diplomática continua sendo a prioridade. “O Brasil jamais saiu e jamais sairá da mesa de negociação”, declarou o ministro. Além disso, enfatizou que a diplomacia brasileira, liderada pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, está em diálogo ativo com os setores produtivos que seriam mais afetados pela medida para buscar soluções.
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O ministro Haddad afirmou que, apesar da preparação do governo para qualquer decisão dos EUA, a resposta do Brasil será baseada na “proporcionalidade e moderação”. Ele rejeitou uma retaliação direta e imediata contra empresas americanas e esclareceu que a Lei da Reciprocidade, embora disponível, seria utilizada como último recurso para “destacar a irracionalidade das tarifas”, e não como uma medida de confronto inicial.
Contexto político e medidas internas
O ministro situou a ameaça de tarifas em um cenário global de dificuldades, influenciado por “movimentos políticos da extrema direita”. Ele criticou a família Bolsonaro, alegando que ela estaria “concorrendo contra os interesses nacionais”.
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Ademais, Haddad discutiu outros pontos econômicos, afirmando que uma taxa sobre o PIX “está fora de questão”. Ele também garantiu que não haverá revisão da meta fiscal para 2026 e que o governo buscará entregar “o melhor resultado fiscal dos últimos 12 anos”. Em relação à diversificação de mercados, o ministro explicou que parte das exportações destinadas aos EUA poderá ser redirecionada, mas admitiu que o processo levará tempo e está sendo tratado a nível de empresas, não de setores inteiros.
Com informações de Aline Becketty.
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Reportagem elaborada com o uso de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan