Equipe Econômica Adota Medidas para Cumprir Meta Fiscal em 2025
O ministro interino de Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, anunciou nesta segunda-feira (24 de novembro de 2025) que o governo está adotando uma postura cautelosa em relação às finanças públicas. A prioridade é alcançar a meta fiscal para o ano de 2025, conforme declarado. O governo enfatiza que o objetivo de zerar o déficit não mudou e que, até o final do ano, serão implementadas medidas de contingenciamento para garantir o cumprimento da meta.
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Contingenciamento e Ajustes no Orçamento
Em novembro de 2025, o governo já havia projetado um déficit nas contas públicas de R$ 34,3 bilhões. Essa estimativa era superior ao saldo negativo anterior de R$ 30,2 bilhões. Essa nova projeção levou à necessidade de ajustes no orçamento. A equipe econômica está revisando as despesas do Orçamento para se adequar às restrições impostas pelo arcabouço fiscal, que permite um intervalo de tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) para o saldo primário. O contingenciamento, que ocorre quando há frustração de receitas esperadas, também está sendo considerado.
Desempenho das Estatais e Correios
O resultado das estatais, especialmente dos Correios, tem um impacto significativo nas contas públicas. O ministro interino da Fazenda, Dario Durigan, classificou o resultado primário da estatal como “muito ruim”. Há uma preocupação com a possibilidade de maior contingenciamento em 2026, devido à situação financeira da empresa. A equipe econômica espera um déficit primário de R$ 9,2 bilhões para as estatais federais, após a dedução das despesas com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
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Arrecadação e Revisão de Gastos
A arrecadação federal apresentou um crescimento real de 3,2% em comparação com o mesmo período de 2024, atingindo um recorde. No entanto, a equipe econômica está trabalhando para otimizar os gastos, revisando as despesas do Orçamento e implementando medidas de controle. O bloqueio de despesas, que é mais difícil de ser revertido, está sendo utilizado para garantir o cumprimento da meta fiscal. A equipe econômica acredita que, sem os ajustes nas despesas, o cenário poderia ser mais favorável. Em setembro, o ministro Gustavo Guimarães já havia manifestado que o governo Lula “não vê com bons olhos” o aporte do Tesouro Nacional para cobrir as necessidades das estatais.
Equipe Envolve em Discussões sobre o Futuro dos Correios
Participaram da entrevista: Dario Durigan – ministro interino da Fazenda; Gustavo Guimarães – ministro interino de Planejamento e Orçamento; Clayton Luiz Montes – secretário de Orçamento Federal; Robinson Barreirinhas – secretário especial da Receita Federal.
