Encontro de Governadores de Oposição
O encontro contou com a presença dos governadores de oposição: Romeu Zema (Novo) de Minas Gerais, Ronaldo Caiado (União Brasil) de Goiás, Eduardo Riedel (PP) do Mato Grosso do Sul, Tarcísio de Freitas (Republicanos) de São Paulo — que participou por videoconferência — e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), que representou Ibaneis Rocha (MDB).
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Os aliados de Cláudio Castro elogiaram a megaoperação realizada na terça-feira contra o crime organizado nos complexos da Penha e do Alemão. A reunião culminou na promessa de criação do “Consórcio da Paz”, uma iniciativa para que os estados compartilhem experiências e informações no combate ao crime organizado.
Classificação das Facções Criminosas
O governador do Rio, Cláudio Castro, reiterou a necessidade de classificar as facções criminosas como organizações narcoterroristas. Ele destacou: “Terrorismo é pela ação e não pela motivação. Se a ação é terrorista, aquilo é terrorismo, não importa a motivação”.
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Mais cedo, nesta quinta-feira (30), uma comitiva de mais de 20 parlamentares de direita também se reuniu com o governador. Castro solicitou mudanças em um trecho da PEC da Segurança, que, segundo ele, retira a autonomia das polícias estaduais e afeta a destinação de emendas para a segurança pública do Rio.
Visita da Ministra dos Direitos Humanos
A ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, também esteve no Rio e, em conversa com parentes de vítimas, prometeu uma perícia independente, classificando a operação da última terça-feira como um “fracasso”. O Ministério da Justiça e Segurança Pública anunciou o envio de 20 peritos criminais da Polícia Federal para o estado.
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Em meio à crise na capital fluminense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei de autoria do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) que criminaliza a obstrução e a conspiração de ações que dificultem o combate ao crime organizado, com pena prevista de quatro a doze anos de prisão.
Repercussões e Apurações
Nos bastidores, Lula exigiu que os ministros enfrentem as críticas ao governo e respondam às acusações de falta de apoio ao Rio de Janeiro. O presidente expressou desconforto com a repercussão negativa nas redes sociais e mobilizou auxiliares para evitar a disseminação do discurso de que o governo não tem capacidade de atuar na segurança pública.
O Supremo Tribunal Federal também se envolveu nas investigações da megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes — incluindo quatro policiais — 113 prisões e 91 fuzis apreendidos. O governo do Rio informou que o ministro Alexandre de Moraes viajará ao estado na segunda-feira (3) para realizar audiências com Cláudio Castro, policiais, procuradores e outras autoridades sobre o ocorrido.
Castro terá que explicar todos os detalhes da operação, conforme solicitado pelo Conselho Nacional dos Direitos Humanos. O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, Victor Santos, afirmou que o governo do estado “não tem nada a temer”, ressaltando que toda a política de segurança pública é pautada na transparência.
