Governador Tarcísio afirma que ex-delegado falecido não solicitou proteção policial e sugere alteração na legislação

Ruy Ferraz Fontes, antigo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, recusou o pedido de proteção oficial, mesmo diante das ameaças; Tarcísio argumen…

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(Imagem de reprodução da internet).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou sobre o assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes, ocorrido em Praia Grande em 15 de setembro. Tarcísio afirmou que Ruy Ferraz não solicitou formalmente escolta ou proteção especial do Estado, embora já tenha sido alvo de ameaças explícitas do Primeiro Comando da Capital (PCC), uma das maiores organizações criminosas do país, e também de inimizades internas da corporação.

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A proteção policial a ex-agentes de segurança que correm risco depende de uma solicitação formal do próprio indivíduo ou da autoridade competente. “Não podemos oferecer proteção automática sem um pedido específico e análise da situação”, declarou Tarcísio durante entrevista. Ele ressaltou que a legislação e os protocolos atuais não preveem a oferta de escolta para ex-policiais que não tenham solicitado essa proteção, mesmo que estejam sob ameaça.

Ruy Ferraz Fontes construiu uma carreira extensa e notável na Polícia Civil de São Paulo, abrangendo mais de 40 anos, atuando como delegado-geral e especialista no enfrentamento ao crime organizado. Sua atuação se caracterizou pelo trabalho consistente contra facções criminosas, notadamente o PCC, grupo contra o qual foi considerado o principal adversário em razão de sua atuação rigorosa no isolamento de líderes criminosos dentro dos presídios. Após sua saída do setor de segurança pública em 2023, Ruy assumiu o cargo de secretário de Administração em Praia Grande, mantendo-se uma figura relevante.

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O governador Tarcísio destacou a necessidade de assegurar a segurança não somente dos policiais em atividade, mas também dos ex-agentes, que por seu passado podem enfrentar riscos significativos. Para prevenir tragédias como a que ceifou a vida de Ruy Ferraz, propôs a implementação de um sistema formal que permita a ex-policiais e outros profissionais de segurança solicitarem proteção especial ou acompanhamento quando estiverem ameaçados. “É preciso estabelecer uma norma que identifique e proteja essas pessoas, garantindo que possam desempenhar suas funções e viver com segurança, mesmo após deixar o serviço público”, defendeu o governador.

A morte de Ruy Ferraz intensifica a discussão sobre a fragilidade de agentes de segurança e a urgência de implementar políticas públicas que os protejam contra retaliações de grupos criminosos. Órgãos competentes e especialistas acompanham o caso, buscando soluções para garantir a segurança desses profissionais e impedir novos incidentes de violência.

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O corpo do ex-delegado-geral da Polícia Civil, Dr. Ruy Ferraz Fontes, foi homenageado em velório na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Ruy, figura notória no enfrentamento ao crime organizado, foi assassinado com disparo de arma de fogo em Praia Grande, litoral de São Paulo.

Fonte por: Contigo

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.

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