Governador do Pará afirma que nova economia deve dar prioridade à manutenção da floresta preservada

Helder Barbalho afirma que a conferência deve evoluir e apresentar o Brasil preparado para liderar debates climáticos internacionais.

06/06/2025 16:59

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Governador do Pará afirma que nova economia deve dar prioridade à manutenção da floresta preservada

Com cinco meses da COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), declarou que o evento em Belém será uma oportunidade para o Brasil demonstrar que é possível conciliar a produção de alimentos com a preservação ambiental – e que chegou o momento de redefinir a relação com os países mais desenvolvidos.

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Não podemos mais aceitar uma posição em que o Brasil esteja na defensiva, sendo cobrado. O Brasil sabe o que está fazendo, sabe para onde quer ir e tem autoridade para liderar essa agenda.

Helder defendeu a importância da floresta em pé como base da nova economia que o Pará almeja apresentar na COP30. Ele tem reiterado que o estado atua para unir a preservação ambiental à geração de renda, com políticas públicas que abrangem desde o monitoramento da pecuária até o incentivo à bioeconomia e ao mercado de carbono.

A floresta viva deve ser mais valiosa do que a floresta morta. É necessário converter a conservação em valor econômico, o que implica em estabelecer um novo modelo, no qual indivíduos que residem na floresta – indígenas, quilombolas, extrativistas e produtores rurais – recebam compensação por proteger o que pertence a todos.

O governador destacou que a maior parte das emissões de gases de efeito estufa no Pará está ligada ao uso da terra, e que o estado tem investido na intensificação produtiva: aumentar a produção sem expandir a área cultivada.

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“Atualmente, 96% das emissões no Pará originam-se do uso da terra. Por isso, estamos concentrando esforços na conversão de áreas degradadas em áreas produtivas, com culturas como o cacau e o açaí, que possuem valor econômico e auxiliam na restauração da floresta”, declarou.

Barbalho também ressaltou os avanços no controle do desmatamento. De acordo com ele, o Pará obteve a maior redução da série histórica em 2024.

Em 2018, registramos mais de quatro mil quilômetros quadrados de desmatamento. Atualmente, estamos em 1.164. É uma redução notável, fruto de ações de comando, controle, fiscalização, mas também da criação de alternativas sustentáveis, afirmou.

Além da agenda ambiental, o governador destacou os impactos urbanos que a COP proporcionará à capital paraense. Ele afirmou que a Conferência deverá resultar em um legado de infraestrutura em Belém.

O Pará, de acordo com Helder, busca que o Brasil se estabeleça como referência mundial no debate climático. Ele considera a COP30 como um espaço para exigir que os países mais ricos cumpram suas metas de financiamento climático e transferência de tecnologia.

Os países que mais emitem, situados na América do Norte, Europa e Ásia, precisam apoiar os esforços de preservação. Desejamos convocar o mundo para assumir essa responsabilidade. O Brasil está preparado para liderar, e a COP30 será a comprovação disso.

A Conferência das Partes da ONU acontecerá entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, e contará com aproximadamente 50 mil participantes, incluindo líderes mundiais, especialistas, representantes da sociedade civil e do setor privado. Trata-se do primeiro evento a ser realizado na Amazônia.

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.