Governador Castro promete combater crime no Rio após confrontos letais

Rio: Criminosos resistem em comunidades do Alemão e da Penha após confronto com 117 mortos. Busca por Doca, líder do CV, segue intensa.

07/11/2025 11:01

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(Imagem de reprodução da internet).

Criminosos Mantêm Presença em Comunidades do Rio

Nove dias após um dos confrontos mais graves da história do Rio de Janeiro, que resultou em 117 suspeitos mortos, 99 presos e a perda de quatro agentes de segurança, a presença de criminosos persiste nas comunidades do Alemão e da Penha. A situação demonstra a complexidade do combate ao tráfico na região.

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Em uma área de mata na Serra da Misericórdia, utilizada como refúgio pelos traficantes, um repórter identificou um indivíduo vestindo roupas camufladas, observando a movimentação da área. O local, estrategicamente posicionado com vista para a Estrada Adhemar Bebiano, apresentava características semelhantes às utilizadas pelos criminosos durante o confronto inicial.

De acordo com investigações, o ponto de apoio está localizado no Engenho da Rainha, próximo à Favela da Flexal, que também é controlada pelo Comando Vermelho (CV). A situação exige uma abordagem contínua e abrangente.

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O secretário de Segurança, Victor César dos Santos, enfatizou a necessidade de um esforço constante, reconhecendo que uma única operação não é suficiente para desmantelar o crime organizado com raízes profundas. “É um desafio considerável, mas manteremos o foco até que todos os criminosos sejam presos”, afirmou.

A busca por Edgar Alves Andrade, conhecido como Doca e apontado como líder do CV no Complexo da Penha, continua sendo uma prioridade. O Disque Denúncia já recebeu um volume significativo de informações sobre atividades criminosas nas áreas de Penha e Alemão, com 127 relatos diretamente relacionados a Doca.

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Os líderes do CV são monitorados de perto e possuem segurança dedicada. Apesar de terem recursos para esconderijos e fuga, as equipes de segurança seguem o rastro dos criminosos. A situação exige vigilância e persistência.

Enquanto a comunidade tenta retomar a normalidade, moradores e comerciantes evitam comentar o ocorrido, e o clima de apreensão ainda é perceptível. Um morador do Morro do Alemão expressou a dura realidade: “Tudo voltou a ser como antes, só que agora tem sangue”.

As ruas voltaram a ter o fluxo de ônibus e as escolas reabriram, mas barricadas continuam a indicar o controle do tráfico nas áreas.

Em um momento de homenagem, o governador Cláudio Castro, presente em uma missa no Theatro Municipal, homenageou os policiais falecidos e reafirmou o compromisso do governo com o combate ao crime: “A flecha saiu do arco, e ela não vai voltar. Vamos combater o crime, doa o que doer”.

Autor(a):

Com formação em Jornalismo e especialização em Saúde Pública, Lara Campos é a voz por trás de matérias que descomplicam temas médicos e promovem o bem-estar. Ela colabora com especialistas para garantir informações confiáveis e práticas para os leitores.