O incidente envolvendo o cantor gospel João Igor, baleado por um policial militar no Terminal Rodoviário da Barra Funda, em São Paulo na quarta-feira (30), assume novos aspectos com a publicação do boletim de ocorrência e da versão da defesa. João Igor, que conta com quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais, foi atingido durante uma ocorrência envolvendo um PM que estava em período de descanso.
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De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado no 91º DP, um policial militar estava como passageiro em um ônibus com destino a Bauru. Ele relatou ter sentido um forte odor de maconha vindo imediatamente dos assentos atrás do seu. Após contato com o motorista, o PM decidiu abordar os passageiros João Igor e o irmão dele.
O policial afirmou que, ao retirar sua pistola Glock 40, pertencente à Polícia Militar, João Igor e o irmão tentaram seize o armamento. Relatou que, em seguida, uma briga física resultou na queda dos três da escada do ônibus. Foi nesse instante que os três disparos foram realizados.
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Disparos e buscas
De acordo com o registro da ocorrência, João Igor recebeu dois disparos na coxa e no braço esquerdo. Um terceiro tiro atingiu o vidro do lado esquerdo do piso inferior do ônibus.
Acompanhe imagens da ocorrência.
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Após a ocorrência, Maikon foi preso por um Guarda Civil Municipal (GCM). O registro policial informa que, durante a busca pessoal, não foram encontrados drogas em posse de João Igor e Maikon, contudo, Maikon teria declarado aos policiais que possuía dois cigarros de maconha em sua bolsa.
O policial recebeu uma lesão na mão esquerda e foi socorrido. O incidente foi registrado como resistência, lesão corporal e localização/apreensão de objeto.
O que se afirma.
João Igor e seu irmão afirmam categoricamente que não portavam “nada”. A defesa descreve o episódio como “extremamente grave”, onde os irmãos foram “vítimas de uma abordagem policial violenta dentro de um ônibus”.
A defesa argumenta que João Igor foi vítima de disparo após tentar proteger o irmão e que não se pode “conduzir à normalização de ocorrências de violência em abordagens policiais, sobretudo quando envolvem cidadãos desarmados em locais públicos com grande fluxo de pessoas”.
O efetivo militar relatou possuir uma bala alojada na mão e será realocado para unidade a fim de remover o projétil. Ambos os irmãos foram soltos após passarem pelo Instituto Médico Legal.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo declarou que foram requisitados exames periciais ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal.
A Socicam, concessionária do terminal, declarou que não houve outros passageiros do ônibus feridos.
Fonte por: CNN Brasil
