O Google avança na tecnologia com seus novos óculos inteligentes, prometendo revolucionar a interação com o mundo digital e físico. Descubra as inovações!
Com que frequência você utiliza seu celular para obter direções, fazer videochamadas ou realizar buscas no Google? Provavelmente, mais vezes do que consegue contar. O Google está buscando mudar essa realidade, e não está sozinho nessa empreitada.
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O gigante das buscas integra um grupo crescente de empresas de tecnologia que investem em óculos inteligentes, que transmitem informações do celular e analisam o ambiente ao redor por meio de câmeras e microfones.
Em maio, o Google apresentou seus óculos e, há um ano, revelou o software que os acompanha. Recentemente, a empresa mostrou à CNN e a outros veículos uma visão mais detalhada do software, oferecendo uma ideia do que esperar com o lançamento dos óculos no próximo ano.
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Essa inovação pode representar um avanço em direção a um mundo onde as pessoas não precisem mais recorrer aos celulares a cada instante, caso os óculos sejam bem-sucedidos. O Google Glass, a primeira tentativa da empresa com dispositivos inteligentes, falhou há cerca de uma década devido a questões de estilo, custo e preocupações com privacidade.
Embora o Google dependa principalmente de buscas, publicidade e serviços em nuvem para sua receita, produtos de hardware como os óculos inteligentes podem ser cruciais para sua evolução. As apostas são altas, com grandes empresas de tecnologia ansiosas para se estabelecerem na próxima onda de computação pessoal.
A Meta, por exemplo, já anunciou vendas expressivas de seus óculos Ray-Ban, que esgotaram em várias lojas em apenas 48 horas. O Google e outras empresas já tentaram, sem sucesso, transformar dispositivos de realidade virtual e inteligente em produtos do cotidiano.
Os óculos do Google permitem realizar diversas atividades sem o uso das mãos, como tirar fotos, obter direções e aprender sobre objetos em seu campo de visão. Durante uma demonstração, fiz perguntas ao Gemini, como “preciso ler os outros livros desta série?” enquanto observava uma estante de livros.
O Google fez melhorias significativas desde a última vez que experimentei seu protótipo. Após tirar uma foto, o Google transformou a imagem para parecer o Polo Norte com um simples comando de voz. Embora tenha ficado impressionado, também me preocupei com a rapidez com que esses óculos capturam e manipulam imagens.
Payne, diretor de gerenciamento de produto do Android XR, afirmou que a empresa aprendeu com os erros do passado. Os novos óculos possuem uma luz indicativa que mostra quando a câmera está em uso, e os usuários podem excluir comandos no aplicativo.
Os óculos do Google podem mostrar informações próximas à linha de visão, facilitando a navegação sem a necessidade de olhar para o celular. A versão do Google Maps que experimentei exibia uma seta apontando a direção correta, semelhante ao funcionamento nos smartphones, mas sem a necessidade de olhar para uma tela.
Entretanto, algumas interações podem ser constrangedoras, como quando interrompi o Gemini antes que estivesse pronto para ouvir. Essas nuances sociais são um dos motivos pelos quais os smartphones não desaparecerão tão cedo, e Payne reconhece que os óculos não substituirão os celulares.
O Google planeja vender os óculos em duas versões: uma com display e outra que oferece apenas feedback de áudio. A empresa está colaborando com fabricantes como Warby Parker e Gentle Monster, mas ainda não divulgou datas de lançamento ou preços.
Além disso, o Google está desenvolvendo um modelo com duas telas para gráficos mais detalhados, mas não especificou quando será lançado. O sucesso do Android XR e do Gemini é crucial não apenas para o Google, mas também para outras empresas que poderão fabricar dispositivos alimentados por esse software.
Samsung e Xreal estão entre os primeiros parceiros da Google. O fundador da Xreal, Chi Xu, acredita que a IA é uma tendência real, mesmo que o boom atual possa ser visto como um modismo.
Autor(a):
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.