O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de nove réus envolvidos no núcleo 3 da trama golpista que ocorreu durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
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Em suas alegações finais direcionadas ao STF, fase antecedente ao julgamento, Gonet reiterou a denúncia apresentada contra os réus, que são acusados de planejar “ações táticas” para efetivar o plano golpista.
A unidade central é formada por oito soldados do Exército e um agente federal. Eles atuam em casos de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta da democracia, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, e degradação de bens tombados.
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Gonet argumentou que a acusação contra o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, um dos envolvidos, deve ser alterada para incitação às Forças Armadas contra os poderes constituídos.
Com a determinação, o réu poderá pleitear um acordo para evitar a condenação. Ele enfrenta os cinco crimes imputados a todos os acusados.
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Incluídos neste núcleo os seguintes investigados:
- Bernardo Romão Correa Netto (coronel).
- Estevam Theophilo (general).
- Fabrício Moreira de Bastos (coronel).
- Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel).
- Marcos Nunes de Resende Júnior (coronel);
- Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel.
- Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel).
- Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel).
- Wladimir Matos Soares (policial federal).
Próximos passos
A partir de agora, as defesas dos acusados contam com 15 dias para apresentar ao Supremo suas alegações finais. Em seguida, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, deverá autorizar a continuidade do processo para julgamento.
Outros núcleos
Até então, apenas o núcleo 1, composto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, teve sua condenação confirmada.
Serão julgados neste ano, além do núcleo 3, os núcleos 2 e 4.
O núcleo 5 é composto pelo empresário Paulo Figueiredo, bisneto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele reside nos Estados Unidos e não apresentou sua defesa no processo.
Fonte por: Carta Capital