O procurador-geral da República, Paulo Gonet, declarou nesta terça-feira (2), durante o julgamento, que a suposta organização criminosa formada pelos réus operou até o último momento em apoio a uma insurreição popular.
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Foi demonstrado que a organização criminosa contribuiu até o último momento para que a insurgência popular levasse o país a um regime de exceção. Os integrantes da estrutura criminosa conheciam o intento de criação do cenário de comoção social, afirmou Gonet durante a sustentação da parte acusatória, na manhã desta terça-feira (2).
O procurador-geral também declarou que, desde 2021, existia a estratégia de incitar hostilidade contra as instituições democráticas e que todos os acusados integraram a organização criminosa, “conscientes do que defendia o presidente Jair Bolsonaro”.
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A argumentação da acusação iniciou-se após o encerramento da leitura do relatório do processo, conduzida em aproximadamente 1h40 pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.
Gonet possui até duas horas para sustentar o caso e apresentar a defesa dos réus. Posteriormente, prossegue-se com a argumentação das defesas dos oito acusados.
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Quem são os membros do núcleo 1?
Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe conta com outros sete réus.
Quais crimes os réus estão sendo acusados?
Bolsonaro e demais réus prestarão esclarecimentos na Suprema Corte em relação a cinco crimes. São eles:
A exceção se refere a Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão da ação penal contra o parlamentar. Desta forma, ele responde apenas pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
O cronograma do julgamento.
O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, designou cinco dias para o julgamento da fase central do plano de golpe.
Fonte por: CNN Brasil