O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou informações relevantes sobre o ex-comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes. Em seu depoimento à Justiça, Freire Gomes teria afirmado que “alertou” o ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a possível “responsabilização criminal” que poderiam surgir caso ele persistisse em seus planos considerados golpistas. Gonet ressaltou que Freire manteve um “tom polido” e “linguagem cordial” ao falar sobre os encontros com Bolsonaro.
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Apesar do tom polido adotado pelo General, a mensagem dirigida a Jair Bolsonaro foi contundente. Tratava-se de alerta de que o plano delineado no Decreto era frontalmente contrário à ordem constitucional vigente e que sua execução implicaria graves consequências jurídicas. Por trás da linguagem cordial relatada em juízo, havia o recado de que a insistência culminaria na responsabilização criminal do então Presidente da República.
Durante a audiência que ocorreu em maio, o ex-comandante foi questionado pelo relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, sobre mudanças em seu depoimento anterior à Polícia Federal, mas manteve a coerência em relação aos pontos principais. Além disso, o ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, corroborou a versão de Freire Gomes, afirmando que ele havia feito uma advertência a Bolsonaro. Segundo Baptista, Freire Gomes chegou a ameaçar prender o ex-presidente caso ele decidisse seguir em frente com o plano que poderia comprometer a ordem democrática.
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O general Freire Gomes é uma pessoa polida, educada. Lógico que ele não falou essa parte com agressividade com o presidente da República, ele não faria isso. Mas é isso que ele falou. Com muita tranquilidade, com muita calma, mas colocou exatamente isso: “se o senhor tiver que fazer isso, vou acabar lhe prendendo”, disse Baptista Junior ao STF.
Reportagem produzida com auxílio de IA.
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Fonte por: Jovem Pan
