Globo volta a usar a falsa morte em novelas! ‘Êta Mundo Melhor’, ‘Dona de Mim’ e ‘Três Graças’ usam a estratégia para criar suspense e reviravoltas.
A TV Globo parece ter abandonado algumas das precauções que mantinha em suas produções nos últimos anos. Antigamente, a emissora evitava ao máximo a repetição de atores em curtos períodos e, principalmente, a reutilização de tramas centrais para não prejudicar a percepção da audiência sobre suas obras.
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No entanto, o cenário atual, com novelas como ‘Êta Mundo Melhor’, ‘Dona de Mim’ e ‘Três Graças’, demonstra que esse cuidado desapareceu. As três principais novelas inéditas do horário nobre da Globo estão utilizando exatamente o mesmo recurso narrativo para manter o telespectador engajado: a falsa morte de um personagem.
Na trama das seis, ‘Êta Mundo Melhor’, a vilã Sandra (Flávia Alessandra) simulou o próprio falecimento para escapar das autoridades. Seu retorno triunfal aconteceu sob uma nova identidade, a Baronesa Deschamps, uma técnica clássica dos folhetins. A estratégia visa criar suspense e reviravoltas na história.
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Já na faixa das sete, a novela ‘Dona de Mim’ trouxe Ellen (Camila Pitanga) de volta à vida, após ter sido declarada morta por uma doença terminal logo no primeiro capítulo. A personagem alegou ter falsificado seu óbito para se livrar das ameaças de Vanderson (Armando Babaioff).
Essa manobra busca intensificar o drama da trama.
No horário nobre das nove, ‘Três Graças’ apresentou o retorno de Rogério (Eduardo Moscovis). Embora o retorno já estivesse previsto na sinopse original, entregue há anos, a coincidência de exibição com as outras tramas intensifica a sensação de familiaridade para o público.
O principal responsável por essa repetição parece ser o alongamento das produções. ‘Êta Mundo Melhor’ e ‘Dona de Mim’ tiveram seus números de capítulos ampliados significativamente para se adequar à grade da emissora. A novela das seis aumentou de 197 para 221 capítulos, enquanto a trama das sete se aproxima da marca dos 221. Essa prática é comum em produções televisivas.
É importante notar que essa estratégia não é recente. Títulos como ‘Terra e Paixão’ (2023), ‘Mania de Você’ (2024) e ‘Fuzuê’ (2023) também utilizaram a falsa morte como ferramenta narrativa.
Autor(a):
Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.