Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais, criticou a declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), sobre a promessa de conceder indulto a Jair Bolsonaro (PL) em 2027, caso seja eleito presidente. O político afirmou, no domingo, que a assinatura do perdão ao ex-capitão seria o primeiro ato em um eventual governo.
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Ao declarar que seu primeiro ato como presidente seria indultar Bolsonaro, Tarcísio confirma que seu chefe é culpado e que eles não respeitam o estado de direito nem a Justiça, iniciou a ministra na publicação.
Na mensagem, Gleisi passou a comparar os primeiros atos do atual governo com o prometido pelo governador da direita.
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“No primeiro dia, Lula recriou e fortaleceu o Bolsa Família, restabeleceu as políticas de proteção ao meio ambiente e revogou os decretos de Bolsonaro que liberavam a venda de armas de fogo, a mineração em áreas protegidas e a segregação de crianças com deficiência nas escolas”, listou. “É a diferença entre um presidente que pensa no povo e no país e um candidato fantoche que só pensa em servir aos interesses de seu chefe”, ironizou Gleisi ao final do post.
Domingo, Tarcísio declarara que, ao assumir a presidência do país em 2027, anistiaria Bolsonaro pela trama golpista. “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, afirmou Tarcísio em entrevista ao jornal Diário do Grande ABC. O ex-presidente, convém registrar, ainda não foi condenado no caso. O julgamento começa nesta terça-feira 2.
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Em outra oportunidade, o governador de SP reiterou sua negativa para concorrer ao Planalto, mesmo com a promessa feita ao ex-capitão. Ele é frequentemente apontado como o principal nome para substituir o inelegível Bolsonaro nas eleições de 2026. Uma pesquisa recente do instituto AtlasIntel aponta 31,8% das intenções de voto no primeiro turno, atrás de Lula (PT), que registra 44,1%. Em uma projeção de segundo turno, contudo, há empate técnico, com o governador numericamente à frente: 48,4% contra 46,6%.
Fonte por: Carta Capital
