Em meio à crescente tensão diplomática, a ministra da Secretaria de Relações Institucionais do PT, Gleisi, classificou as sanções impostas pelos Estados Unidos a Brasília em agosto de 2025 como um “ato de traição à pátria”. A declaração foi proferida durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), que ocorreu na 5ª feira, 4 de dezembro de 2025, no Palácio do Itamaraty, em Brasília.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Julgamento de Bolsonaro e a Busca por Justiça Independente
A ministra ressaltou que, além das tarifas, o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete envolvidos em suspeitas de tentativa de golpe de Estado são de suma importância. “A justiça seguiu seu curso soberanamente, julgou com independência e condenou no devido processo legal aqueles que atentaram contra o Estado Democrático”, afirmou Gleisi, enfatizando que o processo judicial está completo.
A Conspiração e a Postura do Presidente Lula
Gleisi acusou a imposição das sanções como resultado de uma “conspiração para coagir o curso da justiça” contra aqueles que “atentavam contra a democracia” no país. A articulação, segundo ela, teria sido arquitetada pelo ex-presidente com seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL), junto ao governo norte-americano.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O presidente Lula (PT) manteve uma postura firme nas negociações com o presidente dos Estados Unidos.
Anúncios e Conquistas do Governo
A reunião do Conselhão também foi marcada por anúncios econômicos e sociais positivos. A ministra destacou que o Brasil atingiu em 2024 o menor nível de pobreza já registrado na série histórica, com a menor taxa de pobreza extrema e a maior renda domiciliar per capita.
LEIA TAMBÉM!
Além disso, a aprovação da lei que isenta de imposto de renda quem ganha até R$ 5.000 foi celebrada, rompendo uma tradição de privilégios. A petista também defendeu o fim da escala de trabalho 6 x 1 e o novo IR como passos importantes para avançar na pauta trabalhista.
Conselho de Desenvolvimento e Perspectivas para 2026
O Conselhão conta com a participação de diversos ministros e representantes da sociedade civil, buscando assessorar o presidente na formulação de políticas públicas. A agenda inclui um balanço das atividades desenvolvidas na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, ocorrida em Belém (PA), além de anúncios como a Política Nacional de Conectividade em Rodovias e a apresentação da Lei Geral de Direito Internacional. O debate final da reunião será sobre o tema: “Brasil justo e soberano: Perspectivas para 2026”.
