Primeira-Ministra da Itália Reconhecida como uma das Mais Poderosas do Mundo

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, de 48 anos, foi eleita a 4ª mulher mais poderosa do mundo em 2025 pelo ranking anual da revista norte-americana Forbes. A lista, divulgada em 10 de dezembro de 2025, reúne líderes políticas, empresárias e figuras de destaque global, considerando critérios como poder institucional, alcance internacional e capacidade de influência.

O reconhecimento representa um marco importante na trajetória de Meloni, consolidando sua posição como uma das lideranças mais relevantes da Europa no atual cenário geopolítico.

Trajetória de Giorgia Meloni

Nascida em Roma em 1977, Giorgia Meloni iniciou sua carreira pública em 1998, ao ser eleita conselheira da Província de Roma, aos 21 anos. Em 2006, foi eleita deputada para a Câmara dos Deputados da Itália e, no mesmo período, ocupou o cargo de vice-presidente da Casa, de 2006 a 2008.

De 2008 a 2011, integrou o governo de Silvio Berlusconi (Força Itália, centro-direita) como ministra da Juventude. Em 2012, fundou o partido Irmãos da Itália, legenda que inicialmente se posicionou na oposição e ampliou gradualmente sua representação parlamentar ao longo da década seguinte.

Ascensão ao Poder e Contexto Político Atual

A ascensão de seu partido, o desgaste dos governos tecnocráticos e centristas, a fragmentação das esquerdas e a insatisfação popular com a estagnação econômica, somados ao aumento do custo de vida, causaram a coalizão de direita nas eleições gerais de 2022, que levou Meloni ao cargo de primeira-ministra em 22 de outubro de 2022, tornando-se a 1ª mulher a chefiar o governo italiano.

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Atualmente, ela lidera um governo de coalizão de direita com maioria parlamentar, completando mais de 3 anos sem mudanças na chefia de governo, um feito notável considerando a instabilidade política histórica do país.

Políticas Internas e Externas

Meloni se concentra em temas migratórios, culturais e institucionais. O governo tem implementado medidas para restringir a imigração irregular, reforçar os controles fronteiriços e ampliar acordos com países do norte da África para conter fluxos migratórios.

Essas políticas são alvo de críticas por partidos de oposição, organizações humanitárias e setores da sociedade civil. No plano externo, o governo mantém apoio à Ucrânia, alinhamento com a Otan e relações próximas com os EUA, adotando posições críticas ao funcionamento da UE em temas como migração e soberania nacional, buscando um equilíbrio entre cooperação internacional e defesa dos interesses nacionais.

Desafios Econômicos e Perspectivas

O governo Meloni enfrenta desafios econômicos, incluindo a desaceleração europeia, a inflação elevada e as regras fiscais da União Europeia. Apesar de um crescimento do PIB de 0,7% em 2024, o que ficou abaixo da projeção oficial, o Executivo priorizou a execução de recursos do Plano Nacional de Recuperação e Resiliência, financiado pela UE, e adotou uma política fiscal cautelosa para conter tensões com Bruxelas e o mercado financeiro.

No entanto, as críticas sobre os cortes em áreas sociais e os impactos distributivos das medidas econômicas continuam a gerar debates no Parlamento.