Gilson Machado afirma: “Não cometi homicídio, roubo ou tráfico de drogas, apenas solicitei informações sobre o passaporte do meu pai”

Ex-ministro do Turismo declarou à imprensa ao chegar ao IML, onde realizou exame de corpo de delito antes de ser encaminhado para o presídio em Abreu e Lima; ele não admitiu envolvimento em esquema de fuga para Mauro Cid.

13/06/2025 14:55

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PE - POLITICA/PERNAMBUCO - POLÍTICA - O ex-ministro Gilson Machado foi preso pela a Policia Federal, ele foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua prisão aconteceu nesta sexta-feira (13) no Recife (PE). O ex-ministro foi levado pela PF para o ILM no centro do Recife. 13/06/2025 - Foto: JOãO CARLOS MAZELLA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
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O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL), do governo Jair Bolsonaro, declarou-se inocente nesta sexta-feira (13) e negou ter tentado viabilizar a fuga do tenente-coronel Mauro Cid. Machado foi preso pela Polícia Federal no Recife, sob suspeita de articular, em conjunto com o consulado de Portugal, a emissão de um passaporte português para Cid. A PF acredita que o objetivo seria facilitar a saída do militar do país.

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Não cometi nenhum crime . Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai. Disse o ex-ministro, ao chegar ao Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exame de corpo de delito antes de ser levado para o presídio em Abreu e Lima (PE). “Nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada – nem de Portugal, nem de qualquer outro país – seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso. A justiça divina tarda, mas não falha.”

O filho do ex-ministro, Gilson Filho, também se manifestou em apoio: “Meu pai é um exemplo para mim e me ensinou valores importantes como integridade e família. Nunca cometeu um crime em toda a sua vida. Estarei com ele e da minha mãe, apoiando meus pais neste momento”.

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A autorização para a operação foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em resposta a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que avaliou as suspeitas levantadas pela Polícia Federal. Apesar do não-emitir de passaporte, a PGR acredita que ocorreu uma tentativa de obstrução da Justiça e participação em organização criminosa.

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O advogado Célio Avelino, que representa Machado, declarou que o ex-ministro prestou depoimento à PF ainda nesta sexta-feira. Conhecido pela proximidade com Bolsonaro – a quem chama de mentor político –, Machado foi presidente da Embratur, participou das lives do então presidente como sanfoneiro e disputou cargos públicos nos últimos anos. Tentou se eleger senador por Pernambuco em 2022 e prefeito do Recife em 2024, sem sucesso. Nas redes sociais, se apresenta como veterinário e cristão conservador.

Fonte por: Jovem Pan

Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.