Geraldo Alckmin declara que a nova tarifa de Trump sobre o aço elevará o custo dos produtos

A taxa adicional de 50% não afeta apenas o Brasil e “é prejudicial para todos”.

04/06/2025 20:37

3 min de leitura

DF - BRASÍLIA, ABERTURA DA XXVI MARCHA A BRASÍLIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS (CNM) - POLÍTICA - DF - BRASÍLIA - 20/05/2025 - BRASÍLIA, ABERTURA DA XXVI MARCHA A BRASÍLIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS (CNM) -  O vice-presidente, Geraldo Alckmin, durante a abertura da 25ª Marcha Anual de Prefeitos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) no Centro Internacional de Convenções (CICB) em Brasília, Brasil, em 20 de maio de 2025. 20/05/2025 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
DF - BRASÍLIA, ABERTURA DA XXVI MARCHA A BRASÍLIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS (CNM) - POLÍTICA - DF - BRASÍLIA - 20/05/2025 - BRASÍLIA, ABERTURA DA XXVI MARCHA A BRASÍLIA EM DEFESA DOS MUNICÍPIOS (CNM) - O vice-presidente, Geraldo Alckmin, durante a abertura da 25ª Marcha Anual de Prefeitos da Confederação Nacional de Municípios (CNM) no Centro Internacional de Convenções (CICB) em Brasília, Brasil, em 20 de maio de 2025. 20/05/2025 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, declarou nesta quarta-feira (4) que o aumento, de 25% para 50%, da sobretaxa sobre o aço e o alumínio importados pelos Estados Unidos não afeta apenas o Brasil, mas impacta todo o mercado internacional desses insumos. “A medida que os Estados Unidos, o presidente [Donald Trump] tomou ontem, aumentando o imposto de importação de 25% para 50%, não foi só para o Brasil, foi para o mundo inteiro. Então, não é ruim para o Brasil, é ruim para todo mundo, vai encarecer os produtos”, observou Alckmin após participar da inauguração do Parque Solar de Arinos (MG), na região do Entorno do Distrito Federal.

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Geraldo Alckmin ressaltou que o Brasil é o segundo maior comprador de carvão siderúrgico americano, que é semielaborado pela indústria nacional e posteriormente revendido aos EUA para que as empresas do país fabriquem motores, automóveis, aeronaves. “É uma cadeia importante, então, lamento, mas qual o caminho? O caminho é incentivar ainda mais o diá.” Foi criado um grupo de trabalho pelo lado brasileiro, formado pelo Ministério da Indústria e pelo Ministério das Relações Exteriores. Pelo lado americano, o USTR [Representante de Comércio dos EUA] comentou o presidente em exercício. O vice-presidente também ressaltou que o Brasil pratica tarifa zero para oito dos dez principais produtos que os Estados Unidos exportam para o país.

A recém-anunciada alta alíquota sobre o aço e o alumínio, que agora é de 50%, foi divulgada há menos de três meses da aplicação inicial de 25% sobre os mesmos produtos.

A taxação estabelecida pelo governo dos EUA configura uma medida protecionista voltada para a indústria siderúrgica americana, que passa a competir em condições mais favoráveis com produtos importados que se tornam mais caros nos Estados Unidos. Essa política comercial tem sido adotada pelo governo estadunidense desde o início do segundo mandato de Donald Trump, sob a alegação de impulsionar uma reindustrialização do país.

A Associação Brasileira de Alumínio (ABAL) expressou preocupação com a nova sobretaxa e solicitou amplas ações do governo brasileiro para enfrentar o novo cenário, no qual medidas protecionistas devem coexistir com agendas industriais mais coordenadas.

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É necessário um duplo movimento: por um lado, cautela e avaliação na implementação de medidas emergenciais de mitigação – como o reforço dos instrumentos de defesa comercial e ajustes tarifários para impedir práticas desleais e desvios de comércio; por outro, visão estratégica para reposicionar o Brasil na nova configuração da cadeia global do alumínio, com base em suas vantagens competitivas estruturais.

O Instituto Aço Brasil declarou, em nota publicada na terça-feira (3), que é necessário continuar os esforços para reconstruir o sistema de cotas que possibilita a entrada de quantidades específicas de aço nos EUA sem tarifas comerciais. A instituição afirma que a taxação representa um problema para a indústria norte-americana, que sofrerá prejuízos.

O Aço Brasil reitera que a retomada das exportações de aço aos Estados Unidos nas condições existentes até março atende não apenas ao interesse da indústria do aço brasileira, mas também da indústria do aço norte-americana. As usinas americanas demandaram quase 6 milhões de toneladas de placas de aço em 2024, das quais 3,4 milhões de toneladas originaram-se no Brasil. O não reestabelecimento do acordo seria prejudicial a ambos os países, razão pela qual o Aço Brasil mantém sua confiança na continuidade do diáentre os dois governos, visando retomar o fluxo de produtos de aço para os Estados Unidos.

Com informações da Agência Brasil

Publicado por Nótaly Tenório

Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.