Revoltas da Geração Z: Jovens Exigem Mudança em Diversas Partes do Mundo
Revoltas lideradas pela geração Z estão ocorrendo em países como Nepal, Peru e Marrocos, com milhares de jovens saindo das telas para protestar contra a desigualdade, a falta de oportunidades e a percepção de um contrato social quebrado. Esses manifestantes, originários de diferentes origens, buscam responsabilização, mudanças e, em alguns casos, a derrubada de governos. A geração Z expressa preocupações com a crescente desigualdade e marginalização, que minam suas esperanças para o futuro, e exige uma resposta direta a essas questões.
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Um exemplo notável é o movimento “GenZ 212” no Marrocos, que surgiu em resposta a mortes de gestantes durante cesarianas de rotina em Agadir, evidenciando o colapso do sistema de saúde. A resposta governamental, marcada por violência e prisões, intensificou os protestos, levando a exigências de renúncia do primeiro-ministro Aziz Akhannouch. Paralelamente, a agitação se espalhou para Madagascar, onde jovens protestam contra a escassez de água e apagões constantes, clamando por reformas sistêmicas e a renúncia do presidente Andry Rajoelina. A situação é agravada pela repressão das autoridades.
No Peru, as manifestações iniciadas em setembro, após o anúncio de reformas na lei previdenciária, se ampliaram para incluir críticas à corrupção, à repressão e ao aumento do crime sob a presidência de Dina Boluarte. A popularidade da líder peruana despencou, refletindo a ansiedade econômica, a raiva por escândalos de corrupção e a indignação pelo assassinato de manifestantes. A situação se conecta com a recente queda do governo nepalês, derrubado pela geração Z devido a uma proibição de redes sociais e questões de corrupção e estagnação econômica.
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Esses movimentos se juntam a outros protestos liderados por jovens na Ásia do Sul, como o recente derrubamento do governo de Sheikh Hasina no Bangladesh e o fim da dinastia Rajapaksa no Sri Lanka. A situação é amplificada por manifestações em países como Indonésia, Filipinas, Quênia e outros, demonstrando uma tendência global de mobilização juvenil em busca de mudanças sociais e políticas. Subir Sinha, diretor do SOAS South Asian Institute, destaca a conexão entre esses movimentos, ressaltando que as prioridades das elites no poder muitas vezes se distanciam da realidade vivida pela Geração Z.
