General Dan Caine visita Trinidad e Tobago para discutir combate ao tráfico e relações bilaterais

O General Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, visitará Trinidad e Tobago em 25 de outubro para discutir segurança e combate ao tráfico

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(Imagem de reprodução da internet).

Visita do General Dan Caine a Trinidad e Tobago

O General Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, realizará uma visita a Trinidad e Tobago na próxima terça-feira, dia 25. A viagem ocorre em um contexto de crescente tensão com a Venezuela, uma vez que o país caribenho está localizado a pouco mais de 10 quilômetros da costa venezuelana.

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De acordo com informações da embaixada americana em Trinidad e Tobago, o general se reunirá com a primeira-ministra Kamla Persad-Bissessar. O foco da reunião será discutir a relação bilateral entre os dois países e as estratégias de combate ao tráfico na região.

O comunicado da embaixada destaca a importância de fortalecer a estabilidade e a unidade regional no enfrentamento do tráfico ilícito e das organizações criminosas transnacionais.

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Atividades militares e apoio à missão dos EUA

O general já se encontra no Caribe, onde visitará uma das embarcações de guerra enviadas para auxiliar no combate ao narcotráfico. Desde o início da presença militar americana na região, em agosto, a primeira-ministra expressou seu total apoio às operações.

Ela também alertou que, em caso de um ataque da Venezuela à Guiana, Trinidad e Tobago permitiria o acesso das forças dos EUA para fins de defesa.

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Essa postura indica uma mudança na política de neutralidade que o país mantinha, buscando agora uma relação mais pragmática com a Venezuela, motivada por interesses econômicos. Em setembro, a primeira-ministra declarou estar satisfeita com o sucesso das missões da Marinha dos EUA e afirmou que todos os narcotraficantes deveriam ser eliminados.

Reações da Venezuela e exercícios militares

No final de outubro, o destróier USS Gravely chegou a Trinidad e Tobago para realizar exercícios militares, ações que foram consideradas uma “provocação hostil” pelo governo venezuelano. O presidente Nicolás Maduro também anunciou a suspensão dos acordos bilaterais de gás, citando a ameaça de Trinidad e Tobago se tornar um “porta-aviões do império americano”.

Recentemente, os EUA iniciaram novos exercícios militares em Trinidad e Tobago, que Maduro classificou como planos “irresponsáveis”. O Ministro das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago, Sean Sobers, defendeu a continuidade dos exercícios devido à violência e à atividade de gangues criminosas na região.

Por fim, o ex-primeiro-ministro Keith Rowley negou ter assinado um acordo que permitisse aos EUA usar Trinidad e Tobago como base para ataques a países vizinhos. O Acordo sobre o Estatuto das Forças (SOFA), assinado em 2007, regula a presença temporária das forças americanas no país e sua atualização mais recente eliminou uma data de expiração específica.

Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.

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