Gêmeos usam capacetes ortopédicos para corrigir assimetria craniana. Nico e Ash, de Utah, EUA, recebem tratamento com capacetes 23h/dia. A medida corrige plagiocefalia, comum em bebês. Capacetes de R$ 3.900 por unidade, feitos em 3D
Um caso incomum, que ganhou destaque nas redes sociais, envolve os gêmeos Nico e Ash. A mãe deles, Madeline Lawrence, residente em Utah, nos Estados Unidos, compartilhou a rotina dos bebês, revelando que eles utilizam capacetes ortopédicos quase o tempo todo.
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A medida faz parte de um tratamento rigoroso para corrigir a assimetria craniana que os pequenos apresentam.
A situação dos gêmeos se encaixa em uma estatística preocupante: cerca de um em cada oito bebês sofre de plagiocefalia, também conhecida como síndrome da cabeça achatada. Essa condição pode ser causada por diversos fatores, incluindo a posição em que o bebê dorme, o processo de parto, a falta de tempo dedicado ao “tummy time” (tempo de bruços) ou, no caso de Madeline, devido à gestação múltipla, onde o espaço no útero é limitado.
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Para reverter o quadro e garantir o desenvolvimento craniano simétrico, os especialistas recomendam fortemente a terapia com capacete. Madeline explicou que o acessório funciona como um molde para o crescimento ósseo. “Os bebês usam os capacetes 23 horas por dia (com uma hora de descanso para brincar com os pais) porque foi exatamente o que o pediatra recomendou”, afirmou ela em entrevista ao NY Post.
Um aspecto que chamou a atenção foi o custo da tecnologia e dos materiais utilizados. Os capacetes foram feitos através de impressão 3D, garantindo um ajuste perfeito à anatomia de cada bebê. Madeline revelou que, com a ajuda do plano de saúde, cada peça custou aproximadamente US$ 700 (equivalente a R$ 3.900 na cotação atual).
Sem o auxílio do plano, os valores podem ser proibitivos, com modelos de alta performance chegando a custar cerca de R$ 28.700.
A introdução do acessório na vida dos gêmeos foi feita de forma gradual, com sessões de uma hora com o capacete e uma hora sem, para que os bebês se acostumassem com o equipamento.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.