Pelo menos 21 palestinos que esperavam receber assistência humanitária em Khan Yunis, em Gaza, faleceram na quarta-feira (16). Destes, 15 morreram devido à asfixia após o uso de gás lacrimogêneo por parte das forças israelenses. As informações são do Ministério da Saúde de Gaza.
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Em nota, o Ministério da Saúde de Gaza informou que “pela primeira vez, foram registradas mortes por asfixia e pela intensa debandada de cidadãos nos centros de distribuição de ajuda”.
A Fundação Humanitária de Gaza (GHF), que coordena a distribuição, divulgou outra versão do caso, destacando que 19 das vítimas foram pisoteadas e uma foi esfaqueada no meio de um caos por busca de comida, situação atribuída pela entidade a “agitadores associados ao Hamas”. A organização opera com apoio dos Estados Unidos e de Israel desde o final de maio e é a única autorizada na região. Desde então, relatos de mortes próximas a esses centros são quase diários.
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O Escritório de Direitos Humanos da ONU constatou que, em seis semanas, aproximadamente 875 pessoas perderam a vida em áreas próximas a postos de ajuda humanitária, sendo a maioria em áreas controladas pela GHF.
Em resposta à nota da Fundação que questiona a alegação sobre o uso de gás lacrimogêneo, o Ministério rejeitou a tese e acusou o exército israelense e os Estados Unidos de “massacres deliberados contra uma população faminta de forma sistemática”.
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A forma de distribuição de assistência coordenada pela GHF foi criticada por organizações internacionais humanitárias, que alegam que o modelo implementado infringe normas básicas de atendimento e expõe a população a riscos. A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou os locais de distribuição como “armadilhas mortais”, diante dos incidentes recorrentes de violência nas proximidades desses pontos.
Estamos testemunhando um massacre. Enquanto o mundo concentra sua atenção em outro lugar, pessoas estão morrendo em Gaza apenas tentando obter alimentos. Tentar sobreviver se tornou uma sentença de morte, afirmou o chefe do Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Jonathan Whittall, em junho deste ano.
Fonte por: Brasil de Fato