O desentendimento entre Israel e Irã no Oriente Médio pode aumentar o valor da gasolina, contudo, alguns elementos restringem essa escalada, conforme análise de Christopher Garman, diretor-executivo para as Américas da Eurasia Group.
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Garman argumenta que a situação presente é “extremamente perigosa”, com Israel identificando uma chance histórica de enfraquecer seu principal rival na região, o Irã. A operação militar israelense tem como objetivo não apenas diminuir o poderio bélico iraniano, mas também comprometer sua capacidade de produzir armas nucleares.
O envolvimento dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos estão sendo arrastados para o conflito. Apesar da resistência inicial do governo americano, há sinais crescentes de que o país pode se juntar aos esforços israelenses para atacar instalações militares iranianas.
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A intensificação do conflito provocaria o aumento do preço do petróleo, impactando a capacidade de exportação do Irã e elevando os custos de transporte do produto. Contudo, Garman aponta que há restrições para essa elevação.
O Irã enfrenta um dilema complexo.
O fator determinante é a situação vulnerável do Irã. Uma postura mais inflexível por parte do Irã poderia colocar em risco seu próprio governo, desencadeando uma reação ainda mais intensa dos Estados Unidos e de outros países da região.
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Ademais, qualquer iniciativa iraniana de bloquear o Estreito de Ormuz, através do qual transita aproximadamente 20% do petróleo global, seria prejudicial para o próprio país, que depende dessa via para suas exportações.
Visões de curto prazo
Garman estima que, mesmo com uma operação militar para bloquear o Estreito de Ormuz, os impactos seriam de curta duração. As tropas americanas poderiam desfazer tal situação em questão de semanas ou, no máximo, um mês.
apesar da expectativa de alta no preço do petróleo, o analista não antecipa uma “explosão” persistente nos valores da matéria-prima, considerando as restrições impostas ao Irã no cenário geopolítico vigente.
Fonte por: CNN Brasil