Garanhuns: Justiça determina novas diretrizes para transparência em ações policiais em Pernambuco

A Vara da Fazenda Pública de Garanhuns determina novas diretrizes para garantir transparência em investigações de ações policiais, após solicitação do MPPE

28/11/2025 12:03

2 min de leitura

(Imagem de reprodução da internet).

Decisão Judicial em Garanhuns sobre Intervenções Policiais

A Vara da Fazenda Pública de Garanhuns, localizada no Agreste de Pernambuco, emitiu uma decisão liminar que obriga o governo estadual a adotar, de forma imediata, novos procedimentos para assegurar a transparência nas investigações de mortes e lesões corporais resultantes de ações policiais.

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Essa medida foi solicitada pelo MPPE (Ministério Público de Pernambuco) e busca corrigir falhas estruturais no tratamento de casos de letalidade policial.

A decisão, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo MPPE, foi proferida em uma ação civil pública movida pela 1ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania de Garanhuns. O documento judicial exige que o Estado, através da SDS (Secretaria de Defesa Social), PCPE (Polícia Civil de Pernambuco), PMPE (Polícia Militar de Pernambuco) e Polícia Científica, implemente novas diretrizes.

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Medidas Exigidas pelo MPPE

Entre as ações determinadas pela Vara da Fazenda Pública, destacam-se:

  • Isolamento e preservação da cena: O governo deve garantir que, em casos de morte ou lesão grave decorrente de ação policial, a cena seja isolada imediatamente para preservar vestígios periciais.
  • Apreensão de armas e perícia: Todas as armas utilizadas pelos policiais devem ser apreendidas e submetidas a perícia balística, evitando omissões na análise do armamento.
  • Investigações imparciais: As investigações devem ser conduzidas por autoridades externas, quando necessário, para assegurar a imparcialidade e evitar conflitos de interesse.
  • Protocolos de socorro: O governo deve regulamentar protocolos claros para o socorro imediato de feridos durante operações policiais, incluindo a presença de ambulâncias e equipes de saúde nas proximidades.
  • Ouvir testemunhas e familiares: É obrigatório ouvir testemunhas civis e familiares das vítimas durante as investigações, permitindo uma análise mais completa dos fatos.

O MPPE enfatiza que essas medidas visam não apenas melhorar a condução das investigações, mas também restaurar a confiança da população nas instituições públicas. A inobservância dessas normas, segundo o MPPE, causa danos irreversíveis à confiança nas instituições de segurança e Justiça.

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O Estado tem um prazo de 15 dias para apresentar cópias de portarias e instruções normativas que serão adotadas para cumprir a decisão judicial. A SDS foi contatada para comentar a decisão e aguarda retorno.

Autor(a):

Lucas Almeida é o alívio cômico do jornal, transformando o cotidiano em crônicas hilárias e cheias de ironia. Com uma vasta experiência em stand-up comedy e redação humorística, ele garante boas risadas em meio às notícias.