Galípolo afirma que Copom não conquistará o título de “miss simpatia” com a taxa Selic em 15%

O chefe do Banco Central reiterou que a taxa de juros em nível restritivo visa alcançar a meta de inflação e que a instituição manterá o foco no cumprim…

08/07/2025 16:15

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Galípolo afirma que Copom não conquistará o título de “miss simpatia” com a taxa Selic em 15%
(Imagem de reprodução da internet).

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou nesta terça-feira (8) que o Comitê de Política Monetária não espera “ganhar prêmio de simpatia” em relação à atual condução da política monetária, mas reiterou o compromisso da instituição com o cumprimento da meta de inflação de 3%.

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Tenho plena consciência de que, ao estabelecer a taxa de juros em 15%, dificilmente eu e os demais membros do Copom obteremos resultados positivos por meio de ações de proximidade no ano de 2025. No entanto, durmo muito tranquilo, ciente de que minhas ações visam cumprir a meta e perseguir a meta.

A Gol, durante almoço promovido pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) e em resposta a críticas sobre a alta taxa Selic, afirmou que o Banco Central atua sob um arcabouço legal e institucional que impede interpretações subjetivas.

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Ele esclareceu que a meta é três, ressaltando que não houve nenhuma sugestão ou conselho nesse sentido.

Ele ressaltou que a margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo visa apenas atenuar flutuações passageiras, e não legitimar alterações fundamentais.

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Segundo informações oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atingiu 5,32% no acumulado em 12 meses até maio. Os resultados do primeiro semestre serão publicados em breve.

O presidente do BC justificou que a elevação da Selic é necessária para atender ao objetivo estabelecido na legislação.

A meta não afirma isso para me dizer: “seja a menor taxa de juros do mundo”. A meta é a taxa de juros em um patamar restritivo o suficiente, pelo período necessário, para atingir a meta de 3%.

Ele também ressaltou que este é o padrão adotado em outros países. “Toda vez que a inflação está subindo, você sobe a taxa de juros. Toda vez que a inflação está caindo, você reduz a taxa de juros. Este é o mecanismo de transmissão da política monetária.”

Galípolo ressaltou a relevância da estabilidade institucional do BC. “Desde o início, eu falei: do Banco Central essa bola não vai passar. Não é porque eu estou lá. É porque a instituição vai defender””, declarou.

O governador do Banco Central foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e era considerado alguém que poderia ter uma postura mais compatível com as ideias de esquerda e ser mais flexível com a taxa básica de juros, em oposição ao antecessor, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Roberto Campos Neto.

O Brasil apresenta a segunda maior taxa de juros reais do mundo, após o aumento da taxa Selic.

Fonte por: CNN Brasil

Gabriel é economista e jornalista, trazendo análises claras sobre mercados financeiros, empreendedorismo e políticas econômicas. Sua habilidade de prever tendências e explicar dados complexos o torna referência para quem busca entender o mundo dos negócios.