Operação Spare Desmantela Esquema de Fraude com Jogos e Combustíveis Adulterados
Uma nova operação, denominada Spare, foi deflagrada nesta quinta-feira com o objetivo de desmantelar um esquema complexo de exploração de jogos de azar e venda de combustíveis adulterados. A operação visa um esquema que utilizava uma fintech suspeita de lavar dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação conjunta envolve equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), da Receita Federal, da Secretaria da Fazenda, da Procuradoria-Geral do Estado de SP e da Polícia Militar.
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Chefe do Esquema Identificado
Segundo informações divulgadas, o líder desse esquema é Flávio Silvério Siqueira, conhecido como “Flavinho”, que é suspeito de utilizar postos de combustíveis para lavar dinheiro proveniente do crime organizado. A investigação inicial se concentrou em jogos clandestinos, com a apreensão de máquinas de cartão encontradas em casas de jogos ilegais em Santos, litoral paulista.
Investigação Revela Vínculos com Fintech e PCC
As investigações revelaram que os valores obtidos nos jogos clandestinos eram transferidos para uma fintech, responsável por ocultar a origem ilícita e a destinação final dos recursos. A empresa, identificada como BK Bank, movimentou “milhões de reais” e já havia sido alvo da Operação Carbono Oculto, que desmantelou um esquema bilionário de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis, com a participação do PCC.
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BK Bank no Centro da Engrenagem Criminosa
A BK Bank atuava como um braço de captação de recursos e aquisição de empresas, facilitando a movimentação de valores e a ocultação de sua origem ilícita. A instituição utilizava o método de “contas bolsão”, reunindo valores de diferentes clientes em uma única conta, o que dificultava o rastreamento dos recursos e criava obstáculos ao sistema antilavagem.
Volume de Transações e Vínculos com Setores
O volume de transações atípicas na instituição soma cerca de R$ 17,7 bilhões em créditos e um valor idêntico em débitos com empresas ligadas ao PCC. A filial de Ribeirão Preto, com ligação direta com atividades do grupo em usinas sucroalcooleiras e distribuidoras de combustíveis, desempenhou um papel crucial no esquema. Postos de combustíveis envolvidos declararam apenas 0,17% em tributos, um índice considerado incompatível para empresas tributadas pelo lucro real.
