Profissões voltadas ao bem-estar e à ciência se destacam como uma tendência crescente no mercado de trabalho.
A Fuvest anunciou a relação candidato/vaga para o Vestibular 2026, evidenciando a predominância das carreiras na área da saúde entre as mais concorridas. O interesse por profissões relacionadas ao bem-estar e à ciência se fortalece como uma tendência pós-pandemia, aumentando a competição em diversos cursos.
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Pelo sexto ano consecutivo, o curso de medicina continua a ser o mais procurado, com 90,7 candidatos por vaga (c/v). Apesar de sua ampla vantagem em relação a outros cursos, houve uma queda de 6% na concorrência em comparação ao ano anterior.
Outras áreas, no entanto, mostraram um crescimento significativo. Cursos como ciências biomédicas (6º mais procurado) e fisioterapia (9º) tiveram aumentos notáveis de interesse, com variações de +11,4% e +12,8%, respectivamente, em relação a 2025.
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A psicologia também se destacou, ocupando a segunda e terceira posições na lista geral. Psicologia (São Paulo) ficou em 2º lugar, com 58,6 c/v e um crescimento de 5,4%. Já Psicologia (Ribeirão Preto) alcançou o 3º lugar, com 39,8 c/v e um aumento de 12,7%.
Especialistas do setor educacional observam que a valorização social, o avanço tecnológico na saúde e o surgimento de novas áreas de pesquisa, como neurociência e biotecnologia, são fatores que contribuem para o aumento da procura por essas carreiras.
Em contraste com a área da saúde, o curso de gerontologia teve a maior queda na concorrência, passando de 8,7 para apenas 1,5 c/v, uma redução de 82,8%. Essa diminuição ocorre apesar da crescente importância do envelhecimento populacional no Brasil.
Outros cursos com baixa procura incluem as licenciaturas em matemática e física, que se mantêm estáveis em 2,7 c/v. Essa falta de atratividade reflete o histórico desafio de valorização das carreiras docentes, caracterizado por remuneração limitada e falta de reconhecimento profissional.
No setor ambiental, gestão ambiental apresentou uma leve queda (-12%), enquanto geociências e Educação Ambiental cresceram 47,1%, indicando que a sustentabilidade continua a despertar interesse em nichos específicos.
Autor(a):
Ana Carolina é engenheira de software e jornalista especializada em tecnologia. Ela traduz conceitos complexos em conteúdos acessíveis e instigantes. Ana também cobre tendências em startups, inteligência artificial e segurança cibernética, unindo seu amor pela escrita e pelo mundo digital.