Fundo Monetário Internacional eleva para 3% a projeção de crescimento econômico mundial para o ano de 2025

A alteração na projeção se mantém, mesmo com as tarifas de Donald Trump.

29/07/2025 11:26

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Fundo Monetário Internacional eleva para 3% a projeção de crescimento econômico mundial para o ano de 2025
(Imagem de reprodução da internet).

O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que a economia mundial cresça 3% em 2023, em vez dos 2,8% previstos em abril, considerando o cenário de incertezas econômicas.

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Apesar da suspensão temporária das tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos a seus parceiros comerciais, que encerra em 1º de agosto, o FMI mantém a percepção de que a incerteza persiste.

Desde abril, Washington estabeleceu acordos com o Reino Unido, Japão, Vietnã, Indonésia, Filipinas e União Europeia. No entanto, diversos parceiros comerciais buscam evitar aumentos tarifários de 50% para o Brasil e 30% para o México, até sexta-feira.

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Na última atualização de seu relatório anual, o FMI, com sede em Washington, estima que a economia mundial crescerá 3%, ou seja, 0,2 ponto percentual (pp) a mais em relação às previsões de abril, mas abaixo do crescimento observado em 2024 (3,3%).

“O impacto tarifário não é tão grave quanto projetávamos no início de abril”, declarou à AFP o economista-chefe da instituição, Pierre-Olivier Gourinchas.

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O especialista adiciona que “as boas notícias” indicam que “a inflação está mais ou menos conforme o previsto”, com uma média global de 4,2% para este ano e 3,6% para 2026.

A resistência econômica se dá por diversos fatores. Além das tarifas suspensas e de alguns acordos comerciais com Washington, Gourinchas destaca a desvalorização do dólar e um “pequeno estímulo fiscal” em alguns países como os Estados Unidos.

Lâmina de dupla face.

O aumento das reservas das empresas em decorrência do aumento de impostos também apresenta aspectos positivos e negativos.

Prevemos uma redução na atividade comercial no segundo semestre e em 2026, se os estoques forem abastecidos agora, não será necessário reabastecê-los mais tarde, explicou Gourinchas.

As disparidades entre os países são evidentes.

A projeção para os EUA é de crescimento de 1,9% (+0,1 ponto percentual), significativamente inferior ao observado em 2024 (+2,8%), considerando que a inflação começa a “considerar as tarifas”, conforme estimou Gourinchas.

O FMI prevê que a zona do euro apresente um crescimento de 1% (+0,2) neste ano, ainda que não em função das suas maiores economias.

As projeções para França (+0,6%) e Espanha (+2,5%) permanecem, enquanto a da Alemanha aumenta em apenas 0,1 ponto percentual, o que é suficiente para que a Europa evite uma recessão (+0,1%).

Adicionalmente, a projeção para a China se aprimora significativamente, atingindo 4,8% (+0,8 pontos percentuais), aproximando-se da estimativa de 2024 (5%). Essa evolução é atribuída a diversos elementos, incluindo o acúmulo de produtos chineses, principalmente nos Estados Unidos, conforme apontado por Gourinchas.

Apesar disso, o país asiático enfrenta uma demanda interna fraca, baixa confiança do consumidor e uma crise no setor imobiliário.

América Latina

Na América Latina e no Caribe, a projeção de crescimento econômico para 2025 é de 2,2%, o que representa um aumento de 0,2 pontos percentuais em relação às estimativas de abril. É inferior aos 2,4% registrados no ano anterior, contudo, a instituição financeira prevê uma retomada desse percentual em 2026.

O FMI projetou avanços na economia brasileira, com uma expansão de 2,3% (+0,3 pontos percentuais), embora o maior país da América Latina esteja entre aqueles que apresentarão déficits fiscais significativos em um cenário de níveis de dívida pública historicamente elevados.

O Fundo Monetário Internacional demonstra otimismo em relação ao México. Em abril, estimou uma contração de 0,3% na economia mexicana em 2023, em razão dos efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas agora projeta um crescimento de 0,2% (+0,5 pontos percentuais).

A Argentina, a terceira maior economia da região, projeta crescimento de 5,5% neste ano e 4,5% em 2026.

A atualização do FMI, que não detalha as previsões para o restante dos países latino-americanos, alerta, de qualquer forma, que “as tensões geopolíticas podem interromper as cadeias de suprimento globais e aumentar os preços das matérias-primas”.

Fonte por: Carta Capital

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