Fundo Monetário Internacional assina acordo para fornecer 2 bilhões de dólares à Argentina
Organização global destaca política econômica do governo Milei; país obteve US$ 12 bilhões em abril.

O Fundo Monetário Internacional anunciou na quinta-feira (24.jul.2025) que alcançou um acordo com a Argentina sobre a primeira revisão do empréstimo concedido em abril ao país, possibilitando o desembolso de cerca de US$ 2 bilhões. O acordo está sujeito à aprovação do Conselho Executivo do FMI, que deverá se reunir no final de julho.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em 15 de abril, a Argentina recebeu os primeiros US$ 12 bilhões do FMI, correspondentes a 60% do total de US$ 20 bilhões, crédito aprovado pelo organismo internacional para o Programa SAF (Serviço Ampliado do Fundo), com prazo de quatro anos.
O órgão elogiou a gestão do governo do presidente Javier Milei (La Libertad Avanza, direita). Segundo o comunicado divulgado pelo FMI, “o programa teve um início sólido, apesar de um contexto externo mais desafiador, a desinflação e o crescimento continuaram, a pobreza diminuiu ainda mais e a Argentina retornou aos mercados internacionais de capitais antes do previsto”. Eis a íntegra da nota oficial, em inglês (PDF – 197 kB).
Leia também:

Trump considera que existe uma probabilidade de 50% de um acordo com a UE antes da imposição de tarifas

Amazon reforça sua colaboração com o futebol feminino da Uefa até 2030

Milhares de torcedores do Corinthians deverão pagar R$ 501 mil em anuidades ao clube
O programa apresentou um começo consistente, apoiado pela aplicação contínua de políticas macroeconômicas rigorosas, com um foco fiscal forte e uma política monetária restritiva. A mudança para um regime cambial mais flexível e a flexibilização da maioria dos controles cambiais ocorreram sem dificuldades, mesmo em um cenário externo mais complexo, declarou o órgão.
O FMI afirma que as autoridades permanecem dedicadas à proteção da ancoragem fiscal, à recuperação das reservas, à redução da inflação de maneira sustentável, ao fortalecimento da estrutura monetária e à promoção de reformas que estimulem o crescimento.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A Argentina atravessa uma séria crise econômica há anos, marcada por inflação elevada anualmente, aumento da pobreza entre sua população e reservas internacionais comprometidas. O plano de ajuste econômico de Milei, implementado em dezembro de 2023, contempla cortes significativos nos gastos públicos, diminuição de subsídios e reforma do sistema cambial visando restabelecer a confiança dos mercados internacionais.
O país possui histórico de relações conturbadas com o FMI, sendo um dos maiores devedores da instituição. O novo acordo substitui o programa anterior, firmado em 2022 durante o governo de Alberto Fernández, que não alcançou as metas previstas em razão da deterioração das condições econômicas.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Bianca Lemos
Ambientalista desde sempre, Bianca Lemos se dedica a reportagens que inspiram mudanças e conscientizam sobre as questões ambientais. Com uma abordagem sensível e dados bem fundamentados, seus textos chamam a atenção para a urgência do cuidado com o planeta.