Funcionários de bancos e gestores do INSS participavam de esquema de fraude
A Operação Fraus revelou uma organização criminosa que atua há mais de 10 anos, com prejuízos estimados em até R$ 30 milhões, conforme informações da Po…

Gestores de bancos, funcionários públicos e agentes bancários integraram um esquema criminoso que desviou milhões de recursos dos cofres públicos através de fraudes nos Benefícios de Prestação Continuada (BPC/LOAS) do INSS, conforme investigado pela Polícia Federal.
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Trata-se de uma organização criminosa muito bem estruturada, que contava com a participação dos servidores públicos, gerentes e correspondentes bancários, afirmou o delegado da Polícia Federal Adriano Espíndula Soares, chefe da Delegacia da PF em Macaé, responsável pela investigação.
Ele ressaltou que a direção do grupo era conduzida por um sujeito popularmente chamado “Professor” ou “Rei do Benefício”, que orientava os outros integrantes na execução dos delitos.
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Durante o período de apuração de seis meses, o prejuízo identificado ultrapassou R$ 1,6 milhão. Contudo, a investigação tem revelado que isso pode chegar a mais de R$ 30 milhões, alertou o delegado. Segundo ele, “aqueles que realmente precisam, em situação de vulnerabilidade, tiveram seus recursos comprometidos, além de sobrecarregar o sistema e prejudicar quem realmente necessita”.
O grupo empregava a plataforma Meu INSS para criar pedidos fraudulentos e contava com funcionários de bancos que abriam contas para o recebimento dos valores irregulares, cobrando aproximadamente R$ 500 por cada conta aberta. Os benefícios eram então vendidos por valores em torno de R$ 2.500 ou mantidos pelo próprio grupo.
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A investigação iniciou-se a partir de um relatório do Núcleo Regional de Inteligência Previdenciária e Trabalhista do Rio de Janeiro, vinculado à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), que identificou os indícios das fraudes.
A atuação da Polícia Federal levou à instauração da Operação Fraus, conduzida nesta quinta-feira (17), com a execução de oito mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Búzios, Cabo Frio, São Gonçalo e Casimiro de Abreu.
Os investigados podem responder por estelionato previdenciário, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. “Portanto, peço que a população denuncie à Polícia Federal qualquer suspeita de fraude envolvendo o INSS ou qualquer outro tipo de irregularidade”, reforçou o delegado.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.