Função de ‘Chief of Staff’ em expansão em 5 segmentos
Especialistas se destacam em Finanças, Recursos Humanos, Tecnologia, Marketing e Startups, segundo a CSA.

O cargo de Chief of Staff, antes restrito a governos e instituições públicas, tem se expandido para o setor empresarial. Atualmente, é frequente que esse profissional atue como ligação entre a liderança e as equipes, oferecendo apoio na tomada de decisões estratégicas em áreas específicas.
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Segundo a The Chief of Staff Association (CSA), a procura por Coordenadores de Gabinete especializados aumentou 28% nos últimos dois anos. “O Chief of Staff moderno deixou de ser apenas um articulador de agendas e passou a ser um tradutor estratégico, que compreende profundamente o negócio e apoia decisões críticas com base em dados e contexto”, afirma Carolina Santos Laboissiere, Diretora Regional da CSA no Brasil.
Antes de questionar o termo em inglês, não há um cargo exatamente igual no mercado brasileiro tradicional. Seria algo como um assessor estratégico, ou conselheiro direto da presidência. Um CoS é, em linhas gerais, o braço direito do CEO ou de outros executivos de alta liderança. Sua função é articular prioridades estratégicas, garantir alinhamento entre diferentes áreas e facilitar a comunicação da liderança com os times. Ele não substitui gestores funcionais (como CFO), mas atua como elo, auxiliando na transformação de planos em execução, monitorando indicadores críticos, apoiando decisões e, frequentemente, coordenando projetos transversais.
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Finanças
A equipe de CoS financeiro acompanha o CFO, oferecendo suporte em análises de indicadores, monitoramento de riscos e conversão de dados contábeis para decisões estratégicas. Além disso, promove a comunicação entre as áreas técnicas e não técnicas.
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Na área financeira, o crescimento da instabilidade e a demanda por decisões rápidas levaram 72% das empresas, conforme a PwC, a procurarem profissionais que convertam relatórios técnicos em ações estratégicas imediatas, conforme explica Carolina.
Gestão de pessoas.
A área de Recursos Humanos conta com o CoS para auxiliar na implementação de políticas de diversidade, inclusão e engajamento. Ele também relaciona cultura e estratégia, além de monitorar projetos de transformação organizacional.
Carolina destaca que um estudo global da Deloitte revelou que 64% dos CEOs consideram cultura e engajamento prioridade estratégica, evidenciando o papel do CoS como guardião da cultura organizacional.
Tecnologia
O progresso digital elevou a necessidade de CoS focados em tecnologia. Esse profissional apoia o diretor de tecnologia a definir prioridades, coordenar equipes ágeis, administrar riscos de segurança cibernética e adequar a inovação tecnológica aos objetivos da organização.
O relatório da McKinsey indica que 91% das empresas apontam a tecnologia como principal motor de crescimento, destacando o CoS de Tecnologia como elemento central para integrar inovação e resultados.
Marketing e Crescimento
Na área de Marketing e Growth, o CoS apoia o CMO e líderes da área na conversão de métricas de desempenho em estratégias de marca. Além disso, coordena campanhas multicanal e alinha a comunicação ao posicionamento de mercado.
Dados da Gartner revelam que 70% das marcas elevaram o investimento em mídia digital em 2024. Essa situação demanda um CoS apto a integrar dados, criatividade e perspectiva de negócios. Em startups e scale-ups, pesquisas da CB Insights apontam que 75% dos fundadores enfrentam dificuldades em manter governança sem comprometer a agilidade, cenário em que o CoS oferece grande valor, comenta Carolina.
Empresas iniciantes e em rápido crescimento
Nesse contexto, o CoS atua em parceria com fundadores e investidores para organizar processos, apoiar investimentos e garantir o crescimento sustentável. Sua atuação busca equilibrar a agilidade com a governança.
Na área de startups, o CoS é o elemento que garante estabilidade em meio à agitação, auxiliando na definição de prioridades, na organização e na manutenção da perspectiva de longo prazo, mesmo em ambientes de decisões rápidas, avalia Carolina.
Formação e capacitação
A especialização do Chief of Staff demanda tanto competências de gestão quanto conhecimento técnico do setor em que atua. “A formação contínua e o conhecimento aprofundado da área são diferenciais para que o CoS consiga agregar valor real à estratégia da liderança”, ressalta Carolina.
De acordo com dados da Harvard Business Review, 65% dos CEOs possuem formação em negócios, direito ou engenharia, e 70% possuem MBA. Contudo, a atualização contínua é essencial considerando as rápidas transformações do mercado.
Fonte por: Carta Capital
Autor(a):
Júlia Mendes
Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.