Frigoríficos de Mato Grosso do Sul suspenderam a produção para o mercado americano
Na CNN, presidente de entidade declara inviabilidade de negócios e procura por novos contratos com outros países.

As frigorificas do Mato Grosso do Sul que produzem carne para o mercado dos Estados Unidos estão interrompendo a produção destinada às exportações norte-americanas, declarou à CNN Regis Luís Comarella, presidente do Sicadems (Sindicato das Indústrias de Carne do Mato Grosso do Sul) e diretor da Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul).
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Comarella afirmou que os produtores “viram a oportunidade” e estão buscando desviar o excesso para a China, Chile e países da África, como a Argélia.
Os frigoríficos interromperam a produção de produtos com rotulagem para o mercado dos Estados Unidos até que a situação volte ao normal. Eles reduziram um pouco a escala e os abates para evitar o acúmulo de estoques, conforme informado pelo presidente do Sicadems à CNN nesta terça-feira (15).
Leia também:

Governo de Minas Gerais investiga dois óbitos relacionados a síndrome respiratória decorrente de evento

Um terremoto de magnitude 7,3 atingiu a Península do Alasca, informou agência

Homem é preso por homicídio de mulher achada em contêiner em SP
A tarifa torna inviável o comércio com os EUA, uma vez que o Brasil já é taxado, e com um aumento de 50% não há condições de honrar os contratos existentes, devido ao prejuízo excessivo para as empresas, destacou.
Quatro frigoríficos localizados no estado são autorizados a exportar suas carnes para os Estados Unidos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A CNN contatou as empresas e aguarda resposta para atualizar a reportagem.
Os Estados Unidos representaram o segundo mercado mais relevante para a carne de Mato Grosso em 2024, com exportações no valor de US$ 215 milhões.
Comarella afirma que certamente será o impacto da queda no preço da arroba do boi, não apenas em nível estadual, mas em nível nacional, devido ao excesso de produtos que deverão permanecer no país.
O presidente do Sicadems apresenta três alternativas para reduzir o efeito da tarifa americana.
Primeiramente, é tentar que a aplicação da taxa seja prorrogada por mais tempo, para que dê tempo dessa carga que está embarcada chegar ao destino, evitando a taxa. Segundo, é dialogar para que se obtenha um resultado positivo. Terceiro, é ir atrás de novos contratos com outros países que não tenham essa taxa.
Na última quarta-feira (9), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova tarifa de 50% sobre importações brasileiras que entrassem no país. A taxa entrará em vigor no dia 1º de agosto, conforme reforçou o republicano nesta terça.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Pedro Santana
Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.