Franquias de alimentação projetam crescimento elevado para o ano de 2024, segundo estudo

O movimento segue a tendência de resultados positivos do setor. A ABF informou que 84% das franquias de alimentação apresentaram aumento no faturamento …

15/07/2025 14:57

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(Imagem de reprodução da internet).

Os programas de fidelidade se destacaram como um dos principais impulsionadores do crescimento das redes de alimentação no Brasil em 2024. Isso é o que revela a 14ª Pesquisa Anual Setorial de Foodservice da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a GALUNION, dados obtidos em primeira mão pela CNN.

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O estudo revela que 86% das empresas avaliam a estratégia como essencial e 69% já a implementam por meio de sistemas ativos, sendo que a maioria (68%) prefere soluções próprias. A ênfase no contato direto com o consumidor acompanha o desenvolvimento de tecnologias de relacionamento: 91% das redes sociais planejam investir em marketing, programas de fidelização e sistemas como CRM e menuboards digitais até 2025.

O setor apresenta resultados positivos, conforme dados da ABF. Em 2024, 84% das franças de alimentação alcançaram crescimento no faturamento e 91% obtiveram lucro. Em dois terços das situações, o lucro excedeu 10%, e em quase um terço, ultrapassou 15%.

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Adicionalmente, a taxa de conversão atingiu apenas 5% em 2024. Os dados revelam que o modelo de franquias de alimentação apresentou resiliência superior à média do setor. Apenas 3% das unidades foram vendidas e, nos casos de desligamento, 51% envolveram de uma a três lojas, demonstrando uma movimentação discreta.

O portfólio também se adapta às novas demandas do consumidor. Aqui, 51% planejam lançar produtos mais econômicos e 45% apostam em opções com apelo de saúde, evidenciando um mercado atento tanto ao cenário econômico quanto às preferências alimentares mais conscientes.

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Para ela, os programas de fidelidade intensificam esse movimento de proximidade. “As empresas buscam maior frequência e vínculo, e por isso desenvolvem soluções específicas que apreciam a vivência particular do consumidor”, afirma.

Em 2023, o setor registrou aumento de 15,6% na receita e crescimento de 3% no número de estabelecimentos. O ticket médio atingiu R$ 63,53. A expectativa para 2025 aponta para lojas menores, cardápios mais enxutos e maior utilização de dados para a personalização da oferta.

Entrega por aplicativos atrai consumidores.

A consolidação do delivery como canal estratégico também contribui para o fortalecimento do relacionamento com o consumidor. De acordo com a pesquisa, 90% das redes já atuam com entregas e, dessas, 85% cobram taxa — sinal de amadurecimento do canal e controle mais rigoroso de custos.

O modelo de coleta de pedidos é dividido entre plataformas terceirizadas, como iFood e Rappi, e sistemas híbridos, que combinam canais próprios com marketplaces.

“Isso demonstra um amadurecimento do canal, com maior controle de custos e valorização do serviço”, afirma Bruno Gorodicht, coordenador da Comissão de Alimentação da ABF. Ele ressalta que, mesmo não sendo a principal fonte de receita, o delivery já possui relevância: em 58% das redes, representa até 15% da receita, e em 20% das marcas, esse percentual ultrapassa os 30%.

Lojas menores e menus mais enxutos devem impulsionar a expansão em 2025.

Outra iniciativa que fortalece a estratégia de fidelização e eficiência é a expansão por meio de lojas menores e cardápios simplificados. De acordo com a pesquisa, 52% das redes buscam crescimento com unidades de cardápio reduzido e 45% planejam abrir pontos em locais não tradicionais, como hospitais, universidades e terminais de transporte. A profissionalização também está na pauta: 52% desejam expandir com multifranquias.

A maior sofisticação e variedade da oferta culinária, com inovações e produtos sazonais, é outro movimento a ser observado. As ações previstas para 2025 incluem lançamentos de produtos por tempo limitado em 81% das marcas e itens mais baratos (51%) ou com apelo de saúde (45%).

Fonte por: CNN Brasil

Autor(a):

Apaixonada por cinema, música e literatura, Júlia Mendes é formada em Jornalismo pela Universidade Federal de São Paulo. Com uma década de experiência, ela já entrevistou artistas de renome e cobriu grandes festivais internacionais. Quando não está escrevendo, Júlia é vista em mostras de cinema ou explorando novas bandas independentes.