França condena o ataque a uma igreja católica em Gaza, enquanto o Papa Leão XIV expressa tristeza, sem mencionar Israel
Duas vítimas fatais e diversos feridos, entre eles o padre argentino Gabriel Romanelli, foram registrados; desde o início do conflito, em outubro de 202…

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, criticou o bombardeio israelense considerado “inadmissível” que atingiu a única igreja católica na Faixa de Gaza, que está “sob a proteção histórica da França”. Duas pessoas faleceram e várias ficaram feridas, incluindo o padre argentino Gabriel Romanelli, no ataque às instalações da igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza, conforme informado pelo Patriarcado Latino de Jerusalém e pela Defesa Civil do território palestino. “Expressei ao patriarca latino de Jerusalém a emoção e a solidariedade de nosso país. Esses ataques são intoleráveis, é hora de interromper o massacre em Gaza”, escreveu Barrot na rede social X.
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A Chancelaria francesa, em uma resposta escrita ao senador em 2014, afirmou que “a França protege comunidades religiosas em Israel e Palestina”. Explicou-se que “este papel é o legado de uma longa história que remonta às capitulações firmadas por Francisco I com o sultão Suleiman, o Magnífico, em 1535”. O Ministério das Relações Exteriores na época declarou que, desde a década de 1920, a França não tem mais um “papel jurídico na proteção dos cristãos católicos no Oriente”, mas que “as autoridades israelenses e palestinas reconhecem os acordos firmados entre a França e o Império Otomano em 1901 e 1913, que garantiram a Paris uma proteção das comunidades religiosas católicas na Terra Santa e que continuam em vigor”.
A população de Gaza é majoritariamente muçulmana, com apenas cerca de mil cristãos, a maioria ortodoxos. Segundo o Patriarcado Latino de Jerusalém, o território palestino possui 135 católicos. Desde o início do conflito, em outubro de 2023, membros da comunidade católica buscam abrigo na igreja, assim como alguns cristãos ortodoxos, aos quais o Papa Francisco frequentemente telefonava. O governo de Israel declarou que “nunca ataca” locais de culto na Faixa de Gaza e informou que seu Exército está investigando o ocorrido.
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O Papa expressa “profunda tristeza” pelo ataque contra a igreja em Gaza, sem fazer referência a Israel.
O papa Leão XIV declarou, nesta quinta-feira (17), que está “profundamente triste” pelo ataque à igreja católica da Sagrada Família em Gaza, que resultou em duas vítimas, sem mencionar Israel. “Sua Santidade reitera seu apelo por um cessar-fogo imediato”, afirmou o Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.
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Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.