França condena o ataque a uma igreja católica em Gaza, enquanto o Papa Leão XIV expressa tristeza, sem mencionar Israel

Duas vítimas fatais e diversos feridos, entre eles o padre argentino Gabriel Romanelli, foram registrados; desde o início do conflito, em outubro de 202…

17/07/2025 15:25

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A view of the damage to the Holy Family church in Gaza City following an Israeli strike on the church, in the Zeitoun neighborhood of Gaza City on July 17, 2025. An Israeli strike on Gaza's only Catholic church killed two people on July 17, the Latin Patriarchate of Jerusalem said, as Israel said it "never targets" religious sites and regretted any harm to civilians. (Photo by Omar AL-QATTAA / AFP)
A view of the damage to the Holy Family church in Gaza City foll...

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, criticou o bombardeio israelense considerado “inadmissível” que atingiu a única igreja católica na Faixa de Gaza, que está “sob a proteção histórica da França”. Duas pessoas faleceram e várias ficaram feridas, incluindo o padre argentino Gabriel Romanelli, no ataque às instalações da igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza, conforme informado pelo Patriarcado Latino de Jerusalém e pela Defesa Civil do território palestino. “Expressei ao patriarca latino de Jerusalém a emoção e a solidariedade de nosso país. Esses ataques são intoleráveis, é hora de interromper o massacre em Gaza”, escreveu Barrot na rede social X.

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A Chancelaria francesa, em uma resposta escrita ao senador em 2014, afirmou que “a França protege comunidades religiosas em Israel e Palestina”. Explicou-se que “este papel é o legado de uma longa história que remonta às capitulações firmadas por Francisco I com o sultão Suleiman, o Magnífico, em 1535”. O Ministério das Relações Exteriores na época declarou que, desde a década de 1920, a França não tem mais um “papel jurídico na proteção dos cristãos católicos no Oriente”, mas que “as autoridades israelenses e palestinas reconhecem os acordos firmados entre a França e o Império Otomano em 1901 e 1913, que garantiram a Paris uma proteção das comunidades religiosas católicas na Terra Santa e que continuam em vigor”.

A população de Gaza é majoritariamente muçulmana, com apenas cerca de mil cristãos, a maioria ortodoxos. Segundo o Patriarcado Latino de Jerusalém, o território palestino possui 135 católicos. Desde o início do conflito, em outubro de 2023, membros da comunidade católica buscam abrigo na igreja, assim como alguns cristãos ortodoxos, aos quais o Papa Francisco frequentemente telefonava. O governo de Israel declarou que “nunca ataca” locais de culto na Faixa de Gaza e informou que seu Exército está investigando o ocorrido.

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O Papa expressa “profunda tristeza” pelo ataque contra a igreja em Gaza, sem fazer referência a Israel.

O papa Leão XIV declarou, nesta quinta-feira (17), que está “profundamente triste” pelo ataque à igreja católica da Sagrada Família em Gaza, que resultou em duas vítimas, sem mencionar Israel. “Sua Santidade reitera seu apelo por um cessar-fogo imediato”, afirmou o Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

Com informações da AFP, publicado por Fernando Dias.

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Fonte por: Jovem Pan

Autor(a):

Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.