A Assembleia Nacional da França decidiu, na quinta-feira, dia 27 de novembro de 2025, por um resultado de 244 votos a 1, que o governo deveria rejeitar o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, conforme reportado pela TV BFM. A votação ocorreu em Paris, no mesmo dia em que o presidente (Renascimento, centro) comunicou aos empresários brasileiros que o pacto “não atende às expectativas” e necessita de melhorias.
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Contraste de Expectativas
Essa decisão contrasta com a expectativa do presidente (PT) de que o acordo fosse assinado em 20 de dezembro. O acordo comercial é fruto das negociações entre os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União Europeia, visando estabelecer um amplo acordo de livre comércio entre os dois blocos, com o objetivo de reduzir barreiras e facilitar o comércio entre eles.
Pressão e Resistência
A resolução francesa intensifica a pressão sobre as negociações, consideradas cruciais por Bruxelas. O partido França Rebelde, que apoiou a proposta, destacou o acordo como um ponto de virada em questões ambientais, agrícolas e democráticas. A França busca formar uma minoria de bloqueio no Conselho da UE, mas enfrenta resistência de países como Alemanha e Espanha, que defendem o acordo.
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Preocupações e Exigências
Agricultores europeus mantêm forte oposição, alegando que o pacto ameaça setores como carne e açúcar. O governo francês busca garantir que pesticidas proibidos na União Europeia não sejam introduzidos no bloco através de produtos do Mercosul.
O presidente Macron detalhou suas ressalvas, enfatizando a necessidade de salvaguardas para setores vulneráveis, regras convergentes entre os blocos e mecanismos de garantia de cumprimento.
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Próximos Passos e Expectativas
A incerteza persiste sobre a assinatura do acordo em 20 de dezembro. O Brasil mantém uma perspectiva positiva, expressa pelo embaixador Ricardo Neiva Tavares, que ressalta o interesse brasileiro em diversificar as exportações para a França. Se aprovado pelos Estados-membros, o texto seguirá para votação no Parlamento Europeu, enquanto a França buscará levar o tema ao Tribunal de Justiça do bloco.
