Ford Anuncia Revisão em Planos de Veículos Elétricos

A Ford divulgou nesta segunda-feira (15) uma atualização em sua estratégia para veículos elétricos, o que resultará em um prejuízo contábil de US$ 19,5 bilhões, a ser registrado principalmente no trimestre atual. A montadora, no entanto, destacou que, excluindo esse prejuízo, espera um trimestre positivo, impulsionado pelas vendas robustas de caminhonetes e SUVs a gasolina.

A empresa também aumentou sua meta de lucro operacional para o ano em US$ 7 bilhões. Em relação ao F150, a Ford anunciou que a próxima geração do modelo terá uma autonomia de 700 milhas (cerca de 1,1 mil quilômetros) e melhorias na capacidade de reboque pesado.

Interrupção da Produção do F150 Lightning

A Ford comunicou a suspensão da produção do modelo original do F150 Lightning neste mês, mas não revelou quando a fabricação do novo modelo terá início. A demanda por veículos elétricos cresceu durante o verão e em setembro, em parte devido ao término programado de um crédito fiscal de US$ 7,5 mil para compradores de veículos elétricos nos EUA.

No terceiro trimestre, as vendas de veículos elétricos da Ford aumentaram 30% em relação ao ano anterior, totalizando 30,6 mil unidades, o que representa menos de 6% das vendas totais da montadora nos EUA. Embora os números do quarto trimestre ainda não tenham sido divulgados, estimativas externas sugerem uma queda significativa nas vendas de veículos elétricos no país.

Investimentos e Mudanças de Estratégia

A Ford, assim como outras montadoras, investiu pesadamente em veículos elétricos, antecipando regulamentações ambientais rigorosas durante a administração Biden. A expectativa era de que alguns estados, seguindo o exemplo da Califórnia, proibissem a venda de veículos a gasolina em uma década.

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Contudo, o governo Trump revogou essas regras de emissões e contestou a autoridade dos estados para estabelecer normas mais severas.

Diante desse cenário, a Ford está explorando formas de utilizar seus ativos além da propulsão exclusivamente elétrica. Um dos planos anunciados é a realocação de parte de sua capacidade de baterias para atender à infraestrutura energética e à crescente demanda de centros de dados.