Flávio critica o comportamento de Rui, que foi comparado a sequestrador

Senador rebate ministro em relação a declarações sobre taxação americana e defende anistia para evitar tarifas sobre produtos brasileiros.

13/07/2025 20:17

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Flávio critica o comportamento de Rui, que foi comparado a sequestrador
(Imagem de reprodução da internet).

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) respondeu às declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que comparou a família Bolsonaro a “sequestradores”. A troca de acusações se deu neste domingo (13.jul.2025), quando ambos se manifestaram sobre as tarifas de 50% anunciadas pelo presidente Donald Trump (Partido Republicano).

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Em entrevista à CNN Brasil, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o posicionamento do ministro do governo Lula. “Fico impressionado com o amadorismo de Rui Costa. Está mais preocupado em culpar alguém do que resolver a grave situação que o Brasil se encontra, em parte por causa da catastrófica política externa de Lula”, disse Flávio.

O ministro da Casa Civil proferiu as declarações durante compromisso oficial ocorrido no domingo. “Eu observei os vídeos dos filhos dele [Jair Bolsonaro]. Parece aqueles vídeos de filmes de sequestradores (…). Agora se vê algo até pior, uma postura de sequestrador por parte de sua família”, declarou Rui Costa.

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O senador afirmou que o ministro petista não buscou soluções para o impasse comercial. “Prefere ver o Brasil ser taxado em 200% do que sente como adulto na sala”, declarou.

Flávio Bolsonaro defendeu a aprovação da anistia no Congresso como alternativa para evitar a implementação das tarifas americanas. “Espero contar com os votos do PT no Congresso para aprovar, o mais rápido possível, a anistia ampla, geral e irrestrita. Esse é o 1º passo para a taxação de 50% não entrar em vigor já agora no dia 1º de agosto”, afirmou.

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O senador finalizou sua fala com um pedido: “Quem se opõe à anistia, está contra o Brasil!”. As tarifas anunciadas pelo governo americano estão previstas para serem implementadas em 1º de agosto.

A nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros foi anunciada por Trump na última quarta-feira (9.jul).

O argumento central do presidente norte-americano é que o governo brasileiro estaria “perseguindo” Bolsonaro.

O ex-chefe do Executivo federal é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022, em que foi derrotado.

Em retaliação à proposta de Trump, o presidente Lula declarou que o Brasil não tolerará ser supervisionado por ninguém e que o país implementará a Lei da Reciprocidade Econômica (15.122 de 2025) como resposta à imposição.

O processo judicial contra os responsáveis pelo planejamento do golpe de Estado não está sujeito a interferências ou ameaças que violem a independência das instituições nacionais, conforme declarado por Lula em nota divulgada na última quarta-feira (9.jul).

Em sua carta a Lula, Trump classificou como “vergonhosa internacionalmente” a maneira como Bolsonaro é julgado, afirmando que há uma “caça às bruxas” que deve terminar “imediatamente”.

A China também respondeu ao anúncio do presidente norte-americano e criticou os EUA por tentar influenciar o julgamento do ex-presidente brasileiro pelo Supremo. Na sexta-feira (11.jul), a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Mao Ning, afirmou que o governo norte-americano descumpre regras da ONU.

Ning declarou que a igualdade soberana e a não interferência em assuntos internos são princípios importantes da Carta da ONU.

Compreenda a controvérsia tarifária entre Estados Unidos e Brasil. Assista (1min47s):

Fonte por: Poder 360

Autor(a):

Ex-jogador de futebol profissional, Pedro Santana trocou os campos pela redação. Hoje, ele escreve análises detalhadas e bastidores de esportes, com um olhar único de quem já viveu o outro lado. Seus textos envolvem os leitores e criam discussões apaixonadas entre fãs.