A movimentação do senador Flávio Bolsonaro (PL) em relação à Presidência da República gerou preocupação dentro da direita e expôs diferenças de opinião entre aliados do bolsonarismo. Em meio às estratégias para a disputa eleitoral, o pastor Silas Malafaia, um importante apoiador de Jair Bolsonaro, manifestou abertamente sua discordância com a pré-candidatura do filho do ex-presidente, considerando que pode enfraquecer o grupo frente ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Malafaia ressaltou que o silêncio de membros do governo Lula em relação a Flávio não é coincidência, representando um cálculo político.

Aposta em Nomes com Maior Mobilização

Segundo o pastor, a direita precisa investir em nomes com maior capacidade de mobilização e de enfrentamento eleitoral. Ele acredita que uma chapa com Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, e Michelle Bolsonaro como vice, teria mais força política.

Michelle, na visão de Malafaia, representa um bom número de votos, incluindo mulheres da direita, evangélicos e eleitores de origem nordestina.

Críticas e Desconfiança

Malafaia já havia expressado seu incômodo logo após o anúncio da pré-candidatura de Flávio. Em suas redes sociais, ele criticou o que considerava “amadorismo” da direita, indicando que a esquerda estaria se divertindo com a situação. Ele ressaltou que não estava nem apoiando nem contra ninguém, apenas observando a situação.

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Pesquisa Aponta Divisão na Direita

Uma pesquisa da Genial/Quaest revelou que Flávio lidera Tarcísio em um cenário contra Lula, com 90% e 73% das intenções de voto, respectivamente, entre os eleitores do grupo analisado. Essa divisão pode ser um problema para a direita. O debate público entre lideranças conservadoras dificulta a construção de um discurso unificado contra Lula.

Impacto da Polarização

Se a direita não conseguir alinhar estratégias, alianças e narrativa, o racha pode afastar eleitores indecisos e diminuir as chances de sucesso em uma eleição marcada por forte polarização e simbolismo político. A situação demonstra a complexidade da disputa e a necessidade de união entre os setores da direita para enfrentar o desafio.