Flávio afirmou ter publicado um vídeo do pai, confiante de que não haveria inconvenientes

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou na terça-feira (5) que possuía convicção de que o vídeo publicado em suas redes sociais, com Jair Bolsonaro, não geraria dificuldades.

O senador afirmou que o vídeo mostrava Bolsonaro agradecendo aos manifestantes e foi publicado sem que o ex-presidente tivesse solicitado. A gravação foi utilizada pelo ministro Alexandre de Moraes para embasar a decisão que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro.

O senador afirma que, como cidadã brasileira, possui o direito de publicar o que desejar em suas próprias redes sociais e que, no vídeo, Bolsonaro não se manifestou sobre seu processo.

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Eu teria o direito de postar qualquer coisa que eu quisesse nas minhas redes sociais, já que a decisão do ministro Alexandre de Moraes determinou que ele [Bolsonaro] não falasse sobre seu processo. Então eu fiz, com a convicção de que obviamente não traria problema nenhum. Porque fui eu que postei, não foi Bolsonaro que pediu para eu postar para burlar medidas cautelares, disse o senador em declaração a jornalistas.

O ministro Alexandre de Moraes determinou, em julho, que o ex-presidente não possa utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, através de contas de outras pessoas.

Bolsonaro não está proibido de conceder entrevistas, tratar sobre seu processo judicial ou proferir manifestações públicas, contudo, a decisão determina que ele não pode utilizar tais declarações com o objetivo de se exibir nas redes sociais ou estimular “milícias digitais”.

Em fotos divulgadas pela conta de Flávio, com legendas no estilo de vídeos curtos, Bolsonaro era visto cumprimentando os manifestantes que participaram das manifestações de domingo no Rio de Janeiro.

O vídeo foi registrado por um terceiro indivíduo na residência e foi editado com legendas e cortes em ângulos diversos.

O áudio da ligação foi divulgado durante o ato. “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos”, declarou o ex-presidente, com o celular na mão e a tornozeleira eletrônica à mostra.

A publicação foi removida algumas horas depois, sob o pedido dos advogados de Bolsonaro. A defesa temeu que a postagem pudesse configurar um descumprimento da medida cautelar e buscou demonstrar boa-fé ao solicitar a exclusão do vídeo.

O ministro Moraes já havia avisado Bolsonaro que ele poderia ser preso sem demora caso reiterasse a quebra da proibição. Um incidente de descumprimento ocorreu em julho, quando Bolsonaro esteve presente nas redes de outro filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Em seguida, o ministro declarou que se tratava de um incidente restrito e emitiu apenas um aviso ao ex-presidente, sem determinar a detenção preventiva e mantendo a validade das medidas protetivas.

Fonte por: CNN Brasil