O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou, na terça-feira (2), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “não está bem” e, por essa razão, não acompanhou presencialmente o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal).
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O senador afirmou a jornalistas no Senado que Bolsonaro desejava participar, mas obviamente não pode. Ele não está em condições de permanecer ali acompanhando o teatro de Alexandre de Moraes, já que tudo foi previamente programado, manipulado e combinado.
O Supremo Tribunal Federal começou hoje a julgar Jair Bolsonaro e outros sete réus em relação à suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
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Flávio declarou ter estado com ele [Bolsonaro] ontem. Ele está ali firme, porém indignado com o que não se pode chamar de processo, já que foi manipulado desde o início por Alexandre de Moraes.
O julgamento no STF é conduzido pela Primeira Turma, formada pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Cristiano Zanin (presidente da turma), Cármen Lúcia, Flávio Dino e Luiz Fux. O plenário realizará sessões extraordinárias nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro para análise do caso.
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Ao comentar sobre o processo no Supremo, Flávio reiterou o argumento pela aprovação de um projeto de anistia “amplo, geral e irrestrito”. Ele afirmou que deputados e senadores estão examinando um novo texto que será apresentado “nas próximas dias”.
A proposta também deve ser discutida com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que se deslocou para Brasília nesta terça-feira.
Conversamos diariamente com ele [Tarcísio]. Tem sido um grande aliado, uma pessoa que é leal ao presidente Bolsonaro, sempre nos ajudando, auxiliando na articulação, representando uma grande liderança. E nós estaremos juntos hoje, também.
Audiência no Senado
Flávio optou por não acompanhar o julgamento no STF e agendou para esta manhã uma audiência na Comissão de Segurança Pública. O conselho, presidido por ele, ouviu, nesta terça-feira, por videoconferência, Eduardo Tagliaferro, ex-assessor especial do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) durante a gestão de Moraes.
Tagliaferro exerceu a função de chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação no período em que Moraes presidiu a Corte Eleitoral. Ele foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) pelo vazamento de mensagens trocadas entre servidores do gabinete de Moraes.
Em maio, a Polícia Federal indiciou Tagliaferro por violação de sigilo funcional com prejuízo à administração pública. Em 23 de agosto, a PGR apresentou denúncia contra o ex-assessor pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolve organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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Fonte por: CNN Brasil
