Ex-Assessor de Bolsonaro Solicita Retomada da Defesa no Processo da ‘Trama Golpista’

Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), protagonizou um movimento significativo nesta semana ao escrever uma carta de próprio punho, solicitando que seus advogados, afastados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, retomem a defesa no processo que investiga a chamada “trama golpista”. O ex-assessor busca garantir sua representação legal.

A situação se intensificou com a destituição dos defensores de Martins e de outro ex-assessor, Marcelo Câmara, devido ao não cumprimento do prazo para a apresentação das alegações finais. O ministro Alexandre de Moraes considerou a atitude como uma tentativa de “litigância de má-fé”, visando atrasar o andamento do processo. Em resposta, a Defensoria Pública da União (DPU) foi nomeada para dar continuidade à representação legal dos réus.

Segundo informações do BacciNotícias, a carta anexada ao processo revela a recusa de Filipe Martins em ser representado pela DPU. Ele classifica a medida como “abusiva” e uma violação “frontal” de seus direitos, enfatizando sua total confiança nos advogados Ricardo Scheiffer Fernandes e Jeffrey Chiquini da Costa, para sua defesa.

Os advogados de Martins, por sua vez, negam qualquer abandono de causa, justificando sua atuação como “técnica legítima” para preservar o contraditório. Eles anunciaram que irão recorrer da decisão de Moraes, protocolando denúncias em órgãos como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

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A defesa de Marcelo Câmara também expressou surpresa e garantiu que tomará providências para reassumir a representação, afirmando que as alegações finais serão apresentadas em breve. Jeffrey Chiquini, advogado de Martins, criticou a destituição, argumentando que as alegações foram entregues por meio de uma “petição incidental” e que a decisão de Moraes viola o contraditório.