Campanha de Arrecadação de Filipe Martins nos EUA
Filipe Martins, ex-assessor de Relações Internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), lançou uma campanha virtual para arrecadar fundos destinados a custear advogados nos Estados Unidos. A iniciativa foi divulgada no último domingo (9) pelo advogado Jeffrey Chiquini em uma publicação no X (antigo Twitter).
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Martins é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) no núcleo 2 do processo por tentativa de golpe. Nas alegações finais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou a condenação dele e de outros réus envolvidos no mesmo caso. Chiquini informou que a vaquinha foi criada por amigos e apoiadores de Martins para ajudar a cobrir os honorários de advogados criminalistas e as despesas relacionadas às restrições que ele enfrenta há quase três anos.
Objetivos da Campanha
O advogado ressaltou que todos os recursos arrecadados serão exclusivamente destinados a Martins e pediu o apoio dos simpatizantes. O objetivo é levar à Justiça dos EUA todos os responsáveis pela suposta fraude no sistema migratório americano. Chiquini também incentivou as pessoas a acessarem o site da campanha e contribuírem conforme suas possibilidades.
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Filipe Martins está preso preventivamente desde fevereiro de 2024, tendo passado seis meses detido no Paraná antes de ser autorizado a cumprir prisão domiciliar, devido ao risco de fuga. A ordem de prisão foi fundamentada no fato de seu nome constar na lista de passageiros da comitiva de Bolsonaro, que deixou o Brasil em direção a Orlando em 30 de dezembro de 2022.
A defesa de Martins argumenta que, apesar de seu nome estar na lista, ele não embarcou e permaneceu no país.
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Desdobramentos Judiciais
A campanha foi anunciada após decisões recentes do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que afastou a defesa de Martins por perda de prazo processual. Essa decisão gerou reações de perfis da ultradireita nas redes sociais, que acusaram o STF de cercear a defesa do ex-assessor.
Apesar das críticas, o STF reuniu documentos e depoimentos que, segundo a denúncia, implicam Martins na tentativa de golpe de Estado.
Uma das principais evidências apresentadas é uma reunião ocorrida em 7 de dezembro de 2022, onde Jair Bolsonaro teria mostrado aos comandantes das Forças Armadas uma minuta de decreto com medidas de exceção, considerada pela Polícia Federal como base jurídica para a execução do golpe.
O julgamento de Martins está agendado para dezembro, nos dias 9, 10, 16 e 17, junto com outros integrantes do chamado “núcleo 2” da trama golpista.
