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A polícia encerrou o inquérito e deteve seis indivíduos ligados ao crime de homicídio; o desejo de obter herança seria o motivo do delito.

A Polícia Civil de Pernambuco concluiu as investigações sobre o homicídio de Ayres Botrel, de 60 anos, ocorrido em sua residência no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife.
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O crime, que ocorreu em junho, foi encomendado pela filha da vítima, Amanda Chagas Botrel, que demonstrava interesse no patrimônio do pai, avaliado em R$ 2 milhões.
Seis indivíduos foram indiciados e submetidos à prisão preventiva. A delegada Myrthor Freitas informou que a operação policial compreendeu investigações em diversos estados.
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A Justiça determinou a prisão preventiva e iniciou-se a terceira fase do procedimento, que consistiu na execução dessas ordens. Dois já se encontravam detidos. Um deles estava no Rio Grande do Norte e os demais foram presos no Cabo de Santo Agostinho, no bairro da Charneca.
As investigações revelaram que Amanda contatou um ex-colega de escola, Daniel, que já estava cumprindo pena por tráfico de drogas. Ele facilitou o contato com outros criminosos e obteve a formação do grupo responsável pelo assassinato.
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Amanda estabeleceu o primeiro contato com Daniel, que estava preso. Ela coordenou e planejou o crime, atuando como mentora. Daniel, por sua vez, mobilizou um cúmplice no Rio Grande do Norte, que conhecia outro indivíduo detido no Cabo. Esse preso identificou dois executores, que entraram na residência e dispararam contra o caminhoneiro.
A quantia paga à filha para cometer o homicídio totalizava 50 mil reais e um imóvel. No entanto, a polícia não conseguiu determinar o valor exato entregue aos responsáveis. As armas empregadas não foram encontradas.
Os envolvidos são criminosos experientes, conhecedores de técnicas para ocultar, trocar e até destruir armas. Mesmo que alguma fosse apreendida, talvez não correspondesse à arma utilizada no crime.
O inquérito já foi remetido à Justiça. Espera-se que os envolvidos respondam pelo homicídio qualificado. “A Polícia Civil já concluiu, inclusive com o oferecimento do inquérito e as prisões. Agora é com o Poder Judiciário finalizar e, quem sabe, chegar a uma sentença condenatória”, concluiu a delegada.
Fonte por: CNN Brasil
Autor(a):
Marcos Oliveira
Marcos Oliveira é um veterano na cobertura política, com mais de 15 anos de atuação em veículos renomados. Formado pela Universidade de Brasília, ele se especializou em análise política e jornalismo investigativo. Marcos é reconhecido por suas reportagens incisivas e comprometidas com a verdade.