Fifa se opõe à proposta da Conmebol referente à Copa 2030 com 64 seleções
A Fifa, principal órgão do futebol, avalia como supérflua a segunda expansão consecutiva após o próximo Mundial com 48 seleções em 2026.

A Fifa se mantém diante do projeto da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) de ampliar o número de seleções na Copa do Mundo de 2030 para 64. A sugestão foi levantada pelo presidente da confederação sul-americana, Alejandro Domínguez, em abril de 2025, e reincorporada em maio, durante um evento em Assunção, no Paraguai.
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Outras confederações, como a Uefa e a Concacaf, também rejeitaram a proposta de forma negativa.
A entidade máxima do futebol mundial avalia como desnecessária a expansão do torneio por dois ciclos consecutivos. Informações do GE indicam que a Copa do Mundo de 2026, que será realizada no Canadá, nos EUA e no México, já representará uma mudança substancial ao incluir 48 seleções, 16 a mais do que na última edição (Catar 2022).
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A iniciativa sul-americana visa utilizar o significado do centenário da competição. Atualmente, Argentina, Paraguai e Uruguai receberão apenas as primeiras três partidas do torneio de 2030, com o restante das disputas ocorrendo na Espanha, Portugal e Marrocos.
Com a expansão, a Confederação Sul-Americana esperava persuadir a Fifa a sediar um conjunto completo de jogos no continente americano.
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A Uefa e a Concacaf manifestaram preocupações quanto ao risco de queda no nível técnico das competições decorrente do aumento no número de participantes, além de destacarem dificuldades estruturais para receber um maior volume de equipes e suas respectivas delegações.
A Conmebol ainda não desistiu totalmente da proposta, optando por não promover uma campanha pública, buscando apoio nos bastidores e esperando um momento mais oportuno para apresentar a ideia.
Defendeu Domínguez, durante congresso da Conmebol em abril, que a celebração do centenário será única, pois 100 anos comemoram-se apenas uma vez. E é por isso que propõe, pela única vez, realizar este aniversário com 64 equipes, em três continentes simultaneamente. Para que todos os países tenham a oportunidade de vivenciar uma experiência global e para que ninguém neste planeta fique de fora desta celebração que, embora seja realizada em todos os lugares, é a nossa festa.
No mês seguinte, durante o evento da Fifa em Assunção, Domínguez proferiu um discurso que foi entendido como uma tentativa de reabrir o debate.
Temos a honra de estar no momento de definir os 100 anos da Copa do Mundo. Convido a refletir sob outra perspectiva. Todos acreditam que o futebol se determina aqui, e de certa forma é assim. Contudo, não se enganem, não somos o futebol, e ele não nos pertence. O futebol pertence ao mundo. A todas as pessoas que em qualquer lugar do planeta torcem pela bola.
Fonte por: Poder 360
Autor(a):
Sofia Martins
Com uma carreira que começou como stylist, Sofia Martins traz uma perspectiva única para a cobertura de moda. Seus textos combinam análise de tendências, dicas práticas e reflexões sobre a relação entre estilo e sociedade contemporânea.